A Usiminas (USIM5) informou nesta sexta-feira (29) que obteve um lucro líquido de R$ 1,060 bilhão no 2T22, uma baixa de 77% em relação ao 2T21, e de 16% em relação ao 1T22.Segundo a empresa, “perdas cambiais registradas no fechamento do trimestre, parcialmente compensado pelo melhor lucro operacional antes do resultado financeiro no período”. Ela projeta vendas entre 950 a 1.050 mil toneladas para o próximo trimestre.
O Ebitda, lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização, ajustado totalizou R$ 1,930 bilhão no 2T22, uma baixa de 62% em relação ao 2T21, e uma alta de 24% em relação ao 1T22.
Já a margem Ebitda (Ebitda sobre receita líquida) ajustada da empresa atingiu 23% entre abril e junho, uma baixa de 30 pontos percentuais em relação ao 2T21 e uma alta de 3 pontos percentuais em relação ao 1T22.
A Usiminas (USIM5) apresentou uma receita líquida de R$ 8,531 bilhões no 2T22, uma baixa de 11% em relação ao 2T21, e uma alta 9% em relação ao 1T22. A receita líquida da empresa superou as expectativas, já lucro e o Ebitda ficaram abaixo delas.
O volume de vendas de aço somou 1,088 milhão de toneladas no 2T22, uma baixa de 17% em relação ao 2T21 e de 4% em relação ao 1T22.
As vendas de minério de ferro somaram 2,4 milhões de toneladas no período, uma alta de 16% em relação ao 2T21 e de 48% em relação ao 1T22.
Revertendo ganhos financeiros de R$ 1,332 bilhão no 2T21, O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 248,1 milhões no 2T22.
O resultado foi negativo se daria pelas perdas cambiais líquidas de R$ 307 milhões no trimestre, ante ganhos cambiais líquidos no trimestre anterior, segundo a Usiminas (USIM5).
O lucro bruto da empresa foi de R$ 2,187 bilhões no 2T22, uma baixa de 40% em relação ao 2T21, e uma alta de 28% em relação ao 1T22.
A margem bruta foi de 25,6% no 2T22, uma baixa de 12,3 p.p. em relação 2T21 e alta de 3,8 p.p. em relação ao 1T22
As despesas gerais e administrativas da empresa totalizaram R$ 147 milhões no 2T22, uma alta de 12,8% em relação ao 1T22.
Dívida e Capex da Usiminas (USIM5)
A empresa investiu R$ 10,031 bilhões no 2T22, uma alta de 28% em relação ao 2T21 e de 50% em relação ao 1T22.
A dívida líquida da companhia foi de R$ 455 milhões no 2T22, revertendo caixa líquido de R$ 220 milhões do 2T21.
O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida sobre o Ebitda ajustado, ficou em 0,05 vez em junho/22, uma alta de 0,07 vez em relação ao 2T21.
Operação do Alto Forno 2 e Coquerias da Usiminas (USIM5)
A empresa aprovou o retorno da operação do Alto-Forno nº 2 da Usina de Ipatinga (AF2), que está previsto para ocorrer até o final de outubro de 2022.
A decisão de retomada do AF2 teria sido baseada na programação de produção e estoque de placas da companhia, tendo em vista a expectativa de parada do Alto Forno nº 3 prevista para abril de 2023, segundo comunicado.
A companhia também informou que as coquerias da Usina de Ipatinga permanecem apresentando menor disponibilidade de produção e que esforços e medidas mitigadoras estão em curso no momento. Também foi dito que há a espera pela recuperação gradativa do desempenho das coquerias com efeito mais relevante no 2º semestre de 2023, acrescenta que a necessidade de medidas adicionais em relação às coquerias ainda está em avaliação pela empresa.