O bilionário Elon Musk entrou com um recurso na última sexta-feira (15) contra o pedido do Twitter (TWTR34) para acelerar o julgamento sobre o cancelamento do acordo de compra da empresa de rede social por US$ 44 bilhões.
Em documento arquivado na Corte de Chancelaria de Delaware, os advogados de Musk afirmaram que o pedido da rede social é injustificável, logo deve ser rejeitado.
O Twitter havia contratado o escritório de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) Wachtell, Lipton, Rosen & Katz para processar o CEO da Tesla (TSLA34) em razão de sua desistência da aquisição da rede social por US$ 44 bilhões.
Na terça-feira (12), a rede social entrou com uma ação judicial contra o bilionário Elon Musk na corte de Delaware (EUA). A empresa solicitou que o julgamento começasse em setembro, uma vez que o acordo de fusão com Musk termina em 25 de outubro.
“O pedido repentino do Twitter por mais velocidade após dois meses de demora e ofuscação é a tática mais recente da empresa para encobrir a verdade sobre as contas de spam por tempo suficiente até levar os réus ao arquivamento”, afirmaram os advogados de Musk.
Na sexta-feira (08), Musk afirmou que encerrou seu acordo de US$ 44 bilhões para comprar o Twitter, citando a violação material de várias disposições do contrato, segundo a agência de notícias “Reuters”.
Desde 25 de abril, quando Elon Musk anunciou o acordo de compra do Twitter, o fechamento do negócio se tornou um problema.
Em 13 de maio, o bilionário sul-africano afirmou que o acordo para compra da plataforma digital estava “temporariamente suspenso”. De acordo com Elon Musk, ainda não havia um consenso sobre contas falsas circulando na plataforma. A estimativa realizada pelo Twitter no início de maio indicava que menos de 5% dos usuários ativos e monetizáveis da plataforma possuíam contas falsas.
Oito dias depois, Musk anunciou a elaboração de um plano inicial para combater as contas falsas da plataforma, montando uma equipe para avaliar o número de contas falsas na rede social, a partir da análise de 100 perfis aleatórios fornecidos pelo algoritmo da plataforma.
De acordo com um documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários e de Câmbio dos EUA (SEC), emitido no dia 25 de maio, o magnata sul-africano buscou aumentar sua participação financeira particular em sua oferta de aquisição da rede para US$ 33,5 bilhões. O plano revisado apresenta mais US$ 6,25 bilhões de capital próprio para a compra em relação à oferta original.
Sem sacramentar o negócio, em 26 de maio, os acionistas da rede social decidiram processar Elon Musk e o próprio Twitter. Os investidores alegaram que, com o impasse do acordo, as ações TWTR34 começaram a derreter.