Marcelo Odebrecht e o grupo Novonor (antiga Odebrecht) chegaram a um acordo de reconciliação que coloca fim às disputas entre a companhia e o executivo, que é ex-presidente e herdeiro do conglomerado. A conciliação foi firmada na quinta-feira (7), segundo informações do “Valor Econômico”.
“Por meio de concessões recíprocas, que contaram com o apoio de mediador profissional, Novonor e Marcelo Odebrecht alcançaram o consenso necessário para extinção dos processos iniciados em 2020”, diz a empresa em nota.
Leia também: Braskem (BRKM5) segue com estudos para migrar para Novo Mercado, diz CFO
Com o acordo mútuo, Marcelo Odebrecht deixa de ser acionista do grupo, no qual não exercia mais nenhum cargo.
A Odebrecht, conglomerado empresarial brasileiro, fundada por Norberto Odebrecht, virou o centro das atenções com a revelação de práticas de corrupção dentro do grupo a partir da Operação Lava Jato.
As acusações envolvendo Marcelo afirmavam que o herdeiro chantageava os executivos para obter benefícios. Marcelo afirmava que os ataques eram retaliações por sua delação premiada e acusava a gestão de conduzir a empresa com objetivo de esconder seus próprios atos ilícitos. As declarações culminaram na demissão de Marcelo por ordem de seu pai, Emilio Odebrecht.
Leia também: Empresas: Braskem nega que banco tenha comprado dívidas da Novonor Empresas: Braskem nega que banco tenha comprado dívidas da Novonor
Uma das ações judiciais envolvendo a companhia e o executivo envolvia um pagamento de R$ 52 milhões que o grupo deveria destinar ao ex-presidente, referentes aos serviços prestados por Marcelo entre 2013 e 2015. O pagamento chegou a ser acertado em junho de 2017, mas a companhia conseguiu sua anulação.
A Novonor afirmou que Marcelo teria conseguido a remuneração adicional por meio de coação aos executivos e que, por isso, não seria validada pelo conselho de administração.
Já outra ação previa o pagamento de R$ 143,5 milhões a Marcelo Odberecht e seus familiares, como forma de indenização por danos causados pelo processo de cooperação com a Justiça. O acordo foi assinado em novembro de 2016.