O CEO da Tesla (TSLA34), Elon Musk, afirmou nesta sexta-feira (08) que encerrou seu acordo de US$ 44 bilhões para comprar o Twitter (TWTR34), citando a violação material de várias disposições do contrato, segundo a agência de notícias “Reuters”.
Desde 25 de abril, quando Elon Musk anunciou o acordo de compra do Twitter, o fechamento do negócio se tornou um problema.
Em 13 de maio, o bilionário sul-africano afirmou que o acordo para compra da plataforma digital estava “temporariamente suspenso”. De acordo com Elon Musk, ainda não havia um consenso sobre contas falsas circulando na plataforma. A estimativa realizada pelo Twitter no início de maio indicava que menos de 5% dos usuários ativos e monetizáveis da plataforma possuíam contas falsas.
Oito dias depois, Musk anunciou a elaboração de um plano inicial para combater as contas falsas da plataforma, montando uma equipe para avaliar o número de contas falsas na rede social, a partir da análise de 100 perfis aleatórios fornecidos pelo algoritmo da plataforma.
De acordo com um documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários e de Câmbio dos EUA (SEC), emitido no dia 25 de maio, o magnata sul-africano buscou aumentar sua participação financeira particular em sua oferta de aquisição da rede para US$ 33,5 bilhões. O plano revisado apresenta mais US$ 6,25 bilhões de capital próprio para a compra em relação à oferta original.
Sem sacramentar o negócio, em 26 de maio, os acionistas da rede social decidiram processar Musk e o próprio Twitter. Os investidores alegaram que, com o impasse do acordo, as ações TWTR34 começaram a derreter.
A notícia da desistência de Elon Musk coincide com um péssimo dia para as ações do Twitter. Após o fim do pregão desta sexta-feira, os papéis TWTR34 despencaram 6,20%, cotados a R$ 97,08.