A UBS BB cortou o preço-alvo das ações da Oi (OIBR3), de R$ 1,70 para R$ 0,60. Na avaliação do UBS BB, a companhia telefônica, que está se preparando para sair de um processo de recuperação judicial, enfrentará desafios em diversas frentes. Às 14:20 (de Brasília), o papel OIBR3 estava cotado a R$ 0,54.
De acordo com os analistas da casa, o crescimento mais lento, a queima de caixa e o adiamento nas vendas de ativos configuram como os principais desafios que a Oi precisará enfrentar.
O relatório da UBS também destacou que a competição e a consolidação em banda larga trazem ventos “não tão favoráveis” para a empresa.
Segundo o UBS, o principal ativo da OI atualmente é sua participação na V.Tal, antiga InfraCo, negócio de fibra óptica. Recentemente, a empresa concluiu a venda de uma fatia na V.Tal para fundos do BTG Pactual e Globenet. Com a transação, a participação da Oi na empresa diminuiu de 42,1% para 34,7%.
O banco prevê margem de fluxo de caixa operacional em 3% para a empresa em 2024. Para o V.Tal, os analistas acreditam que o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) poderá triplicar até 2026, para R$ 4,2 bilhões.
Em contrapartida, o UBS BB prevê um crescimento de 80% da dívida da Oi entre 2023 e 2026. Nos cálculos dos analistas, as despesas com juros e outras garantias da empresa devem chegar a R$ 2 bilhões por ano, superando o Ebitda previsto de R$ 1,9 bilhões por ano – e resultando em queima de caixa.
“O principal potencial de alta que vemos para a Oi pode vir da gestão de sua dívida, em que o potencial para melhorar os custos é desafiado pelo ambiente atual de baixa liquidez e alto risco”, afirmou a equipe do banco.