Os analistas do JPMorgan ajustaram as estimativas para a Localiza (RENT3), após a fusão com a Unidas, e elevaram o preço-alvo das ações de R$ 60 para R$ 65 cada. O novo preço-alvo tem como base o final de 2023, enquanto a estimativa anterior era para dezembro deste ano.
Mesmo com o ambiente macro desafiador, além das preocupações globais, Fernando Abdalla e Guilherme Mendes, analistas do JPMorgan, continuam otimistas com o setorem termos relativos, pois avaliam que a alta fragmentação do mercado e a previsibilidade de lucros devem sustentar um bom momento operacional nos próximos trimestres.
“As vantagens competitivas da Localiza em relação a companhias menores – menor custo de captação, maior escala, melhores condições de compra/venda de carros, entre outros-, principalmente após a fusão com a Unidas, devem permitir ampliar ainda mais a participação de mercado”, apontam no relatório, segundo o MoneyTimes.
Na última semana, a Localiza anunciou que concluiu a aquisição da Unidas (LCAM3). Recentemente, o Tribunal do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) confirmou a aprovação da compra dos ativos da fusão entre Localiza (RENT3) e Unidas (LCAM3) pela Brookfield.
De acordo com o divulgado pela gestora canadense no início de junho, a compra dos ativos foi realizada no valor de aproximadamente R$ 3,7 bilhões.
Nova companhia surge como a maior do setor de aluguel de veículos no Brasil
Ainda de acordo com os analistas do JPMorgan, a fusão das duas irá gerar a maior companhia do setor de aluguel de veículos do país, com uma frota de quase 450 mil carros.
Agora, eles projetam um lucro líquido ajustado de R$ 3,026 bilhões em 2022 e R$ 2,998 bilhões em 2022. Para o Ebitda (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização) ajustado, a projeção é de R$ 8,860 bilhões neste ano e de R$ 9,478 bilhões no próximo.
A recomendação ‘neutra’ para a ação da Localiza, por sua vez, foi mantida pelo JPMorgan, com os analistas afirmando que, no setor, ainda preferem a Movida, que tem classificação ‘overweight’ em razão do forte desconto no valuation do papel.