A Superintendência do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou o investimento da Gerdau (GGBR4) na Heze I Holding, de propriedade da Shell, petroleira britânica. O aporte visa a criação de uma “joint venture” (empreendimento conjunto) para exploração de um parque de geração de energia solar em Janaúba, em Minas Gerais.
O Cade entende que os impactos do acordo na competitividade no setor elétrico serão irrisórios, visto que envolve menos de 10% das vendas comerciais de energia elétrica no Brasil.
A Gerdau, que se configura como uma das maiores produtoras de aço no Brasil, avalia que a operação representa uma oportunidade de investimento no mercado brasileiro de produção de energia solar. Para a Shell, o acordo consolida seus investimentos no setor de energia renovável.
Com negociação firmada em fevereiro deste ano, tanto a Shell quanto a Gerdau esperam que o parque solar comece a ser construído em 2023, após aprovação do Cade.
O parque deverá ter capacidade instalada de aproximadamente 260 MWW e fornecerá 50% do volume produzido para unidades de fabricação de aço da Gerdau no Brasil, na modalidade de autoprodução. A outra metade será negociada no mercado livre por meio da Shell Energy Brasil, a comercializadora de energia da Shell.
“Estamos dando mais um importante passo na construção de um portfólio robusto em energias renováveis no Brasil, reforçando a diversificação de nossos negócios, sempre em linha com nosso propósito de prover mais energia e de forma cada vez mais limpa”, comemorou Guilherme Perdigão, diretor de renováveis e soluções de energia da Shell Brasil, na época do acordo.
“Ficamos muito contentes com essa parceria estratégica e orgulhosos pelo reconhecimento na Shell como player importante no desenvolvimento de soluções em energia limpa, de forma confiável e competitiva”, completou Perdigão.
Com a aprovação do Cade, a parceria poderá viabilizar o desenvolvimento de aproximadamente um terço da capacidade total do parque solar. A Shell seguirá buscando outros clientes de longo prazo – autoprodutores, por exemplo – para endereçar o volume remanescente do complexo.