China anuncia compra de 300 jatos da Airbus (AIR)

Aquisição será a maior desde período pré-pandemia

A China confirmou a aquisição de aproximadamente 300 aviões das frotas da Airbus (AIR), em nome de três companhias aéreas do país.

Essa foi a primeira compra em grande quantidade de jatos na China desde o período pré-pandemia, no início de 2020, de acordo com informações do “Estadão”.

As companhias aéreas China Southern, Air China e China Eastern Airlines receberão cerca de 292 novas aeronaves a partir de 2023.

Através de comunicados separados emitidos no último sábado (2), as empresas confirmaram a aquisição das frotas das aeronaves, firmando a parceria com a 737 MAX da Boeing (BOEI34).

As compras somadas estão avaliadas no montante de US$ 37 bilhões, sem considerar os descontos concedidos às companhias aéreas ao decorrer das negociações.
 

Aquisição realizada pela China faz parte de projeção positiva para 2023 no setor de aviação

O cenário instaurado devido à pandemia da Covid-19 no início de 2020 foi muito prejudicial para o mercado aéreo chinês.

As últimas medidas restritivas impostas no país, principalmente nas grandes cidades de Xangai e Pequim, impactaram negativamente os papéis de aviação na região.

Em meados do mês de maio, as vendas domésticas de ingressos tiveram queda de 77% na comparação com o mesmo período de 2021.

O período foi semelhante ao surgimento da Covid-19 no país, quando os cancelamentos de voos passaram a ser comuns e deixaram muitos clientes sem perspectivas.

Logo, a recente recuperação no setor – após o governo chinês anunciar a flexibilização das medidas restritivas e abertura dos comércios e empresas – validou a compra das frotas da Airbus.

Ainda que as viagens aéreas na China estejam com demanda menor que no restante do mundo, a aquisição do governo chinês faz parte de uma projeção positiva para os papéis de aviação para 2023, ano em que as autoridades chinesas esperam a recuperação do setor de viagens. 

A Boeing (BOEI34), concorrente direta da Airbus, citou repetidamente a China como essencial para seus próprios planos de crescimento de produção após os anúncios de compra das autoridades chinesas. Entretanto, a aquisição foi um golpe para a empresa norte-americana no embate direto com sua rival.