Os títulos prefixados e IPCA+ negociados no Tesouro Direto subiram nesta quarta-feira (29) e entregam rentabilidade maior do que o registrado na terça-feira (28).
Às 15h30 (de Brasília), o Tesouro Prefixado 2025 oferecia rentabilidade anual de 12,97%, com investimento mínimo de R$ 36,84. Na terça-feira, a taxa estava em 12,88%. O Tesouro Prefixado 2029 entrega retorno de 13,08%, acima dos 12,97% apresentados anteriormente.
Os Tesouros IPCA+ 2035 e 2045 apresentaram alta nesta quarta-feira. Os títulos registraram retorno de 5,93%, valor acima dos 5,88% registrados na terça-feira. O Tesouro IPCA+ 2055 também apresentou desempenho positivo nesta quarta-feira, gerando rentabilidade de 6,03%, ante 5,99%.
O desempenho dos títulos brasileiros são influenciados pelo cenário macroeconômico no exterior e no Brasil. Os investidores estrangeiros esperam ansiosamente os dados da inflação norte-americana (CPI), que devem ser divulgados na quinta-feira (30).
No Brasil, os agentes financeiros leram favoravelmente o parecer da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Combustíveis apresentado nesta manhã pelo relator Fernando Bezerra Coelho (MDB). A estimativa é que o impacto fiscal seja de R$ 38,7 bilhões, fora do teto de gastos, mas ainda abaixo dos R$ 50 bilhões estimados pelo mercado.
Nesta quarta-feira, também foram divulgados os dados do Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), que veio abaixo do mercado. O IGP-M subiu 0,59% em junho, enquanto as projeções do mercado esperavam alta de 0,69%.
O cenário geopolítico global também acabou afetando o Tesouro Direto. De acordo com funcionários da Casa Branca, em relato feito à “CNN”, o governo dos EUA já não tem mais confiança que a Ucrânia recupere os territórios perdidos para a Rússia na guerra. A avaliação do cenário se dá no momento em que as forças russas avançam na região de Lysychansk, última grande cidade ainda controlada por tropas ucranianas na província de Luhansk.