A Eneva (ENEV3), empresa de gás e energia, levantou R$ 4,2 bilhões em uma oferta subsequente de ações, de acordo com o portal “Bloomberg”. Segundo o site, a companhia está vendendo 300 milhões de novas ações, a R$ 14,00 cada.
O preço de R$ 14,00 por ação é 2,5% mais barato que o preço de fechamento na sexta-feira (25), de R$ 14,36. De acordo com uma das fontes ouvidas pelo “Bloomberg”, o Banco BTG Pactual, um dos principais acionistas da Eneva, comprou cerca de R$ 1,5 bilhão em ações.
A companhia deve utilizar os recursos para a aquisição da Centrais Elétricas de Sergipe (Celse), anunciada no fim de maio. No dia 16 de junho, a Eneva já havia anunciado a oferta de ações para captar R$ 4,092 bilhões com a emissão de 300 mil novos papéis.
“A totalidade dos recursos líquidos provenientes da Oferta Restrita serão destinados para aquisição de 100% das ações representativas do capital social da Centrais Elétricas do Sergipe Participações (Celepar) e da Centrais Elétricas Barra dos Coqueiros (Cebarra)”, informou a Eneva em fato relevante.
A oferta teve como coordenadores, além do BTG Pactual, o Bank of America, Itaú BBA, Bradesco BBI, JPMorgan, UBS BB e Santander.
Eneva compra Celse por R$ 6,1 bilhões
A termelétrica da Celse, localizada no litoral de Sergipe, em Barra dos Coqueiros, adquirida pela Eneva, tem capacidade de 1,6 GW e é uma das maiores plantas a gás em funcionamento da América Latina.
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Como parte da transação, a Eneva passou a ser detentora de 100%% das ações da Centrais Elétricas de Sergipe, que detém 100% dos direitos de expansão da usina, e da Centrais Elétricas Barra dos Coqueiros (Cebarra), com um pipeline adicional de 3,2 GW de projetos de expansão.
A companhia pagou R$ 6,1 bilhões pela transação e assumiu também a dívida atual da Celse, de R$ 4,1 bilhões. O montante desembolsado, portanto, chegou a R$ 10,2 bilhões.
“A aquisição da Celse é um movimento estratégico para a Eneva alavancar competências e diversificar ainda mais nosso modelo de negócios em consonância com nossas ambições estratégicas para 2030”, afirmou Pedro Zinner, CEO da Eneva, em nota.
“Esse é um passo fundamental para a Eneva ter sua primeira infraestrutura de hub de gás – além da exploração e de unidades geradoras, contar com gasoduto e porto que permitam a comercialização e o escoamento do produto. Isso contribuirá para a ampliação dos horizontes de negócio da companhia”, concluiu o CEO da Eneva.