A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou nesta terça-feira (21), o reajuste nos valores das bandeiras tarifárias. Os valores estabelecidos entram em vigor a partir de 1º de julho e serão válidos até meados de 2023.
As bandeiras tarifárias se referem à cobrança extra aplicada nas contas de luz quando há algum aumento no custo de produção de energia. Seguem os reajustes:
– Bandeira amarela: aumento de 59,5%, de R$ 1,874 para R$ 2,989 a cada 100 quilowatts (kWh) consumidos
– Bandeira vermelha 1: aumento de 63,7%, de R$ 3,971 para R$ 6,500 a cada 100 quilowatts (kWh) consumidos
– Bandeira vermelha 2: aumento de 63,7%, de R$ 9,492 para R$ 9,795 a cada 100 quilowatts (kWh) consumidos
Desde 16 de abril está em vigor no País a bandeira verde, quando não há cobrança extra aplicada à conta de luz. A bandeira verde segue sem cobrança adicional. De acordo com a Aneel, a bandeira verde deve continuar em vigor até o fim do ano, uma vez que as hidrelétricas conseguiram recuperar seus reservatórios.
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No entanto, a cobrança pode voltar no ano que vem, dependendo do custo para produção de energia. Caso outra bandeira seja acionada, a Aneel irá divulgar em seus relatórios mensais.
Camila Bonfim, diretora-geral interina, apontou que, mesmo com os aumentos, os patamares seguem abaixo da bandeira “Escassez Hídrica”, adotada entre agosto do ano passado e abril deste ano. Na ocasião, os custos de geração de energia foram muito altos devido à escassez hídrica. A cobrança extra da bandeira estava fixada em R$ 14,20 a cada 100kWh consumidos.
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As distribuidoras de energia sugeriram a criação de uma nova bandeira tarifária para situações extremas, mas a área técnica da Aneel não acatou a sugestão, optando por apenas reajustar as bandeiras já existentes.
Ricardo Tili, diretor da Aneel, sugeriu que melhorias nos cálculos das bandeiras podem ser feitas para os ciclos futuros. A revisão das bandeiras ocorre anualmente, normalmente na metade do ano.