O Bitcoin (BTC) iniciou a semana em alta expressiva, retornando à casa dos US$ 20 mil nesta segunda-feira (20). No fim de semana, a criptomoeda chegou a valer US$ 17.600, a menor cotação desde dezembro de 2017. O Bitcoin já apresenta queda de 70% em relação ao valor recorde registrado em novembro do ano passado. Às 14h10 (de Brasília), o Bitcoin valia US$ 20.237.
O Ethereum (ETH), a segunda maior criptomoeda em valor de mercado, também mostra recuperação nesta segunda. Após cair para baixo dos US$ 1.000 durante o fim de semana, a cripto estava sendo negociada a US$ 1.107,39 no mesmo horário.
Desde o início do ano, as criptomoedas têm sofrido baixas consecutivas em suas cotações. Os problemas geopolíticos são uma das razões, com a guerra na Ucrânia causando instabilidade nos mercados e nos preços das commodities. As medidas adotadas na China para conter os surtos de covid-19 no país também afetaram negativamente as cadeias de produções globais.
Além disso, a inflação recorde registrada nos EUA e os aumentos da taxa de juros promovidos pelo Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) tem impactado os mercados globais. Na última quarta-feira (15), a instituição monetária aumentou a taxa de juros em 75 pontos-base, o maior movimento de alta nos últimos 25 anos.
Mercado cripto em colapso
Dentro do universo cripto, as coisas também não andam bem. Em maio, a crise da rede Terra e suas criptomoedas LUNA e USD pegaram os investidores de surpresa. Nesta segunda, foi divulgado que os criadores e desenvolvedores da rede Terra foram impedidos pela justiça da Coreia do Sul de saírem do país, pois as autoridades estão investigando o caso.
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Na semana passada, a Celsius, plataforma de empréstimos de criptomoedas, anunciou a interrupção de saques e as coisas parecem longe de se normalizar. No domingo (19), uma postagem no blog da Celsius afirmou que estabilizar a liquidez da plataforma “exigirá tempo”.
A crise do mercado cripto, com a queda histórica do valor do Bitcoin, passou a ser chamada de “inverno cripto” e diversas corretoras e exchanges passaram a promover demissões em massa. Coinbase, Crypto.com, e Gemini são apenas algumas das empresas do setor que anunciaram cortes no quadro de funcionários nas últimas semanas.