A Eletrobras (ELET3;ELET6) precifica nesta quinta-feira (09) sua mega oferta de ações e chega à reta final do bookbuilding (processo utilizado para definir um preço justo para o IPO) com volume de sobra para emplacar a operação. Conforme fontes próximas à oferta, até o início da tarde desta quarta-feira (08), a empresa já tinha assegurado cerca de R$ 53,5 bilhões em reservas.
A demanda via fundo de garantia (FGTS) está em torno de R$ 7,5 bilhões, mas as alocações serão limitadas a R$ 6 bilhões – o que já sinaliza rateio entre os investidores. Os trabalhadores podiam investir até 50% do saldo, e os pedidos se encerraram na última quarta-feira (07) ao meio-dia.
A oferta prioritária, feita aos atuais acionistas, ainda será definida. O varejo também tem sua fatia reservada, de até R$ 3 bilhões.
Os investidores institucionais que não estão nesses grupos ou que excedem o teto reservado para cada perfil vão disputar as sobras do book.
Assim, serão cerca de R$ 26 bilhões em reservas para um número de ações da ordem de R$ 6,5 bilhões – ou seja, quatro vezes a demanda sobre a oferta.
Quando lançou o follow-on, a ação da Eletrobras estava em R$ 44. Nesta quarta-feira, ELET3 fechou a R$ 42,14 e ELET6 a R$ 41,63, o que ajusta as expectativas do mercado para uma captação na casa de R$ 34 bilhões, com alocação do lote suplementar.
Se todos os papéis forem negociados, a União e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) passarão dos atuais 60% para 32,96% do capital da gigante elétrica. A companhia deixa de ser controlada pelo governo.
Coordenam a operação da Eletrobras os bancos BTG Pactual (BPAC11), Bank of America (BOAC34), Goldman Sachs (GSGI34), Itaú BBA, XP Investimentos, Bradesco BBI, Caixa Econômica Federal, Citi (CTGP34), Credit Suisse (C1SU34), J.P. Morgan (JPMC34), Morgan Stanley (MSBR34) e Safra.