De acordo com informações da “Scoop by Movers”, do Traders Club, divulgadas nesta terça-feira (7), os investidores institucionais que devem participar da oferta de ações da Eletrobras (ELET6) já sinalizaram mais de R$ 40 bilhões em ordens.
A Eletrobras, responsável por cerca de 30% da capacidade total de geração de energia elétrica do Brasil, tem como objetivo a captação de R$ 35 bilhões em sua oferta de ações, que culminará em sua privatização. Ou seja, com o montante já sinalizado pelos investidores institucionais, segundo informações do “Scoop by Movers”, a transação já teria sucesso.
O valor de R$ 40 bilhões em ordens na oferta da Eletrobras seria compatível com um preço de cerca de R$ 40 por ação ordinária da companhia. A precificação dos papéis será feita no dia 9 de junho. Na última segunda-feira (6), as ações da Eletrobras fecharam o pregão cotadas a R$ 41,90.
A oferta de ações da Eletrobras tem como principais objetivos o destravamento das receitas da empresa – que estão vinculadas aos contratos de concessão que a empresa do setor de energia teve que assinar no governo de Dilma Rousseff – e a venda das ações que o governo detém da companhia. Dessa forma, o Governo Federal terá menos de 50% de participação no capital da Eletrobras.
Eletrobras: justiça derruba liminar que tentou suspender assembleia de Furnas
Na última segunda-feira (6), a liminar que suspendia a assembleia de debenturistas de Furnas, uma das etapas do processo de privatização da Eletrobras (ELET6), foi derrubada pelo presidente do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro).
A decisão contrariou a liminar concedida no último domingo (5), consequência de uma ação elaborada pela Asef (Associação dos Empregados de Furnas) contra a Eletrobras.
Com isso, o desembargador Henrique Carlos de Andrade Figueira, presidente do TJ-RJ, confirmou que o cancelamento da assembleia poderia resultar em um “impacto significativo no planejamento setorial elétrico brasileiro, sendo capaz de comprometer a modicidade tarifária e, consequentemente, o acesso das camadas mais carentes da população ao serviço essencial de energia elétrica”.
Além disso, o responsável por derrubar a liminar também reforçou os possíveis problemas que a sentença poderia ter sobre os próximos capítulos da privatização da Eletrobras. “Não há dúvidas de que a manutenção da eficácia do decisum de origem causará imensa desordem administrativa e financeira, além de possuir odioso efeito multiplicador”, disse Andrade Figueira.