Café com BPM: bolsas voltam a operar em queda após resultados de serviço negativos na Europa

Confira as principais notícias que mexem com o seu bolso

O início do pregão desta terça-feira (7) é marcado pelo pessimismo do mercado europeu, que registrou quedas em suas principais bolsas após anúncios industriais negativos na Alemanha.

O índice de encomendas à indústria registrado nesta manhã foi muito diferente do aguardado pelos investidores. O resultado da pesquisa da Destatis mostrou que o serviço teve queda de 2,7% entre abril e maio, enquanto os especialistas da região aguardavam o avanço de 0,5%.

Já na Ásia, os mercados ainda digerem os desdobramentos positivos na China, que segue sua recuperação econômica após resultados positivos na indústria do país.

Contudo, as preocupações da região se dão por conta da alta da inflação australiana. O RBA (Banco de Reserva da Austrália) decretou que a taxa básica de juros do país aumentará para 0,85%, resultado 0,5% acima do apresentado no mês de maio. 

No cenário nacional, é esperada a divulgação dos dados de produção e vendas de veículos no mês de maio, divulgados pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).

Além disso, os investidores também aguardam os novos desdobramentos da privatização da Eletrobras (ELET6) e da fusão entre brMalls (BRML3) e Aliansce Sonae (ALSO3).

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou em queda de 0,82% na última segunda-feira (6). Já o dólar registrou alta de 0,47% no fechamento, cotado a R$ 4,795 na segunda (6).

Os mercados futuros dos EUA operam em baixa na manhã desta terça-feira (7).

-Dow Jones Futuro (EUA), -0,42%
-S&P 500 Futuro (EUA), -0,69%
-Nasdaq Futuro (EUA), -0,63%
 

Bolsas Asiáticas

As bolsas da Ásia tiveram uma performance mista no fechamento do último pregão, com o ponto positivo novamente focado nos negócios da China.

A euforia provocada pelo anúncio do último índice de serviços na região ainda permanece nos investidores, que aguardam novos ganhos nos mercados após o relaxamento das medidas restritivas no país.

Já no país vizinho, Haruhiko Kuroda, presidente do BoJ (Banco do Japão) disse na última segunda-feira (6) que o relaxamento da política monetária será fundamental para que a inflação volte a rondar o nível de 2%.

Em contrapartida, as preocupações dos investidores da região ficaram para as últimas declarações do RBA (Banco de Reserva da Austrália).

A instituição financeira australiana confirmou uma alta inesperada na taxa básica de juros, que saiu de 0,35% para 0,85%, e ainda deixou margens abertas para novos aumentos até o final deste ano. A expectativa do mercado da região estava na alta de 25 pontos-base, conforme realizado no reajuste do mês de maio.

Segue o fechamento das bolsas asiáticas:

-Nikkei (Japão), +0,10%
-Kospi (Coreia do Sul), -1,66%
-Taiex (Taiwan), -0,56%
-Xangai SE (China), +0,17%
 

Bolsas Europeias

Já na Europa, os mercados voltaram a operar em queda no início do pregão, resultado de uma série de dados industriais negativos na Alemanha.

De acordo com o divulgado nesta manhã pela Destatis, agência de estatística alemã, as encomendas à indústria tiveram queda de 2,7% entre os meses de março e abril deste ano, resultado muito contrário ao esperado pelos acionistas, que previam a alta de 0,5%.

Com isso, os investidores redobram a atenção para um novo possível aperto monetário do BCE (Banco Central Europeu), que buscava aumentar os juros na região, porém sem provocar um quadro de recessão econômica no continente.

Enquanto isso, no Reino Unido, o primeiro-ministro Boris Johnson resistiu à votação do Partido Conservador e seguirá em seu cargo.

Entretanto, a situação do parlamentar segue apertada, após diversas denúncias de que Johnson teria participado de diversas festa durante o período de quarentena provocada pela Covid-19.

Ao mesmo tempo, foi divulgado o PMI (Índice de Gerentes de Compras) do país, que apresentou queda de 58,9% para 53,4% no mês de maio, menor marca desde janeiro de 2021. 

Confira as principais bolsas europeias:

-DAX (Alemanha), -0,88%
-CAC 40 (França), -0,73%
-FTSE MIB (Itália), -1,43%
-FTSE 100 (Reino Unido), -0,36%
 

Notícias Corporativas

O Conselho da brMalls aprovou um plano de retenção de até R$ 50 milhões na aliança com a Aliansce Sonae, cujo valor será destinado aos colaboradores e administradores da companhia.

Já a JBS (JBSS3) informou que suas subsidiárias precificaram, em conjunto, as notas sêniores a serem ofertadas ao mercado internacional, de acordo com informações do “Estadão”.

Na negociação, serão US$ 500 milhões com yield de 5,290% ao ano e cupom de 5,125% ao ano para as notas sêniores com vencimento em 2028; US$ 1,250 bilhão com yield de 5,926% ao ano e cupom de 5,750% ao ano para as Notas Sênior 2033; e US$ 750 milhões com yield de 6,598% ao ano e cupom de 6,500% ao ano para as Notas Sênior 2052.
 

Agenda

No ambiente doméstico, os acionistas aguardam a divulgação dos dados de produção e vendas de veículos no mês de maio, divulgados pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).

Já no exterior, a expectativa maior fica para o anúncio do balanço comercial dos EUA referente ao mês de abril de 2022.

Além disso, Janet Yellen, secretária do Tesouro norte-americano, discursa no Senado a respeito do orçamento fiscal do país para o próximo ano.