A OMS (Organização Mundial da Saúde) informou que a varíola do macaco infectou 780 pessoas em 27 países onde o vírus não é endêmico. O órgão sustentou que o risco de nível global é moderado.
Além disso, a OMS destacou que os casos podem estar subnotificados devido a dificuldade de registrar as infecções. “É altamente provável que outros países identifiquem mais casos e que haverá mais expansão do vírus”.
O Reino Unido é o país com mais casos registrados, seguidos pela Espanha, Portugal, Canadá e Alemanha. Além do continente europeu, infecções foram contabilizadas na Argentina, Austrália, Marrocos e Emirados Árabes Unidos.
A varíola dos macacos é uma doença rara e menos contagiosa e severa que a varíola dos humanos. A doença provoca febre, calafrios, dores e pústulas que se proliferam pelo corpo.
“Embora o risco para a saúde humana e para o público em geral continue sendo baixo, o risco para a saúde pública e pode ser elevado se o vírus conseguir se estabelecer em países não endêmicos como patógeno humano generalizado”, destacou o órgão.
“A OMS avalia o risco global como moderado, considerando que é a primeira vez que há registros de casos de varíola do macaco de forma simultânea em países não endêmicos e endemicos”, acrescenta.
Varíola dos macacos tem pouca chance de virar pandemia, afirmam especialistas
O mercado ficou bastante preocupado com o surgimento de novos casos de varíola dos macacos. Contudo, especialistas entrevistados pelo BP Money minimizam os impactos.
“A varíola do macaco não é nova e os surtos são pequenos na maioria das vezes. Não tem a mesma transmissibilidade da varíola humana”, afirma o infectologista e professor da Faculdade de Medicina da USP, Marcos Boulos.
De acordo com Álvaro Furtado, médico infectologista do Hospital das Clínicas, é necessário tranquilizar a população em relação à capacidade de contágio da varíola dos macacos. “O contágio é muito menor do que a covid-19 e do que a varíola humana, que já foi extinta. O Brasil precisa isolar os casos e monitorar os viajantes”, afirmou.