O Senado do Estado de Nova York aprovou um projeto de lei que proíbe a mineração de criptomoedas utilizando prova de trabalho (PoW, sigla em inglês) a partir de combustíveis fósseis nesta sexta-feira (03). A votação foi de 36-27 a favor do projeto de lei. Em maio, o projeto de lei já havia sido aprovado pela Assembleia estadual. A medida é fruto das preocupações ambientais sobre criptomoedas.
O projeto de lei precisa ser analisado pela governadora democrata Kathy Hochul, que pode aprovar ou barrar a medida. Caso aprovado, se tornará uma lei. Durante a moratória, o estado realizará um estudo sobre o potencial impacto ambiental da mineração de prova de trabalho.
De acordo com o patrocinador democrata do projeto, o senador estadual Kevin Parker, do Brooklyn, há apenas uma dessas plantas em operação atual que não seria afetada pelo projeto.
As criptomoedas estão passando por um momento delicado. Os preços das moedas têm caído desde o início deste ano, após um bom momento em 2020 e 2021. Além das criptomoedas, muitas corretoras do universo cripto estão passando por dificuldades financeiras.
A Gemini, corretora de criptomoedas, demitiu 10% de sua equipe, de acordo com fundadores da companhia, Cameron e Tyler Winklevoss, também conhecidos como “gêmeos do Facebook”, em um blog publicado na quinta-feira (02). A Gemini não informou a quantidade de funcionários demitidos, mas, de acordo com a página da corretora no LinkedIn, mais de mil pessoas trabalham na empresa, indicando que cem funcionários foram desligados de suas tarefas.
Na quarta (01), a 2TM, gestora de empresas do mercado de criptomoedas, como Mercado Bitcoin, Bitrust, Meubank, MB Digital Assets, MezaPro e Blockchain Academy anunciou a demissão de 90 funcionários por conta da escassez de recursos gerados pelo panorama macroeconômico mundial. A empresa possui cerca de 750 funcionários.
Nova York é vista como um lugar para as empresas de mineração de criptomoedas se estabelecerem devido às fontes de energia hidrelétrica baratas do estado.