A Binance Labs anunciou a criação de um fundo de capital de risco no valor de US$ 500 milhões, que visa investir em startups dos segmentos de blockchain e Web3.
O fundo que será criado pelo braço de venture capital da Binance terá o apoio de empresas como Breyer Capital e DST Global, além de escritórios já parceiros da companhia.
A nova aplicação da exchange de criptomoedas faz parte do investimento realizado pela capital de risco Andreessen Horowitz na última semana. Na ocasião, a gestora confirmou um novo fundo de US$ 4,5 bilhões destinado para startups de criptomoedas.
Com isso, o novo aporte da companhia vai estabelecer três estágios para as empresas que receberem o investimento, sendo eles: pré-seed (processo de incubação), early stage (fase inicial de empreendimento) e growth equity (etapa final de crescimento).
De acordo com entrevista à CNBC, Ken Li, diretor executivo de investimentos da Binance, reforçou que as empresas que receberão o aporte precisam estar cientes dos estágios estabelecidos pelos investidores.
“Estamos procurando projetos com potencial para impulsionar o crescimento do ecossistema Web3”, afirmou Li.
O representante da companhia também falou sobre o crescimento do setor de Web3, em que o número atual de cerca de 300 mil a 500 mil desenvolvedores ainda pode crescer “substancialmente”.
Mesmo com os diversos investimentos de capital de alto nível realizados em 2021, o anunciado pela Binance nesta terça (1) será o primeiro com financiamento de investidores externos.
Investimento da Binance acontece em meio a quedas progressivas do universo cripto
As recentes quedas nas ações das criptomoedas não impediram o novo aporte da Binance, apesar dos investidores temerem que cenário negativo também atinja as startups de criptoativos.
No entanto, Ken Li afirmou que as perdas no mercado de cripto “não possuem impacto atual nos mercados privados em estágio inicial”.
Após os investimentos, a Binance também deseja assumir uma participação de US$ 500 milhões no Twitter (TWTR34), a fim de apoiar a tentativa de Elon Musk de adquirir o serviço de mídia social. De acordo com Ken Li, o movimento pode ser fundamental para “unir mídia social e Web3”.