Paulo Sergio Kakinoff, que anunciou sua saída da presidência da Gol (GOLL4) recentemente, foi eleito membro do Conselho da MRV Engenharia (MRVE3), do empresário Rubens Menin.
O ex-presidente da Gol foi eleito pelo próprio conselho da construtora, a fim de substituir Marcos Alberto Fernandez no cargo do conselho.
Com isso, Kakinoff aguarda a aprovação na AGE (Assembleia Geral dos Acionistas) da MRV, que confirmará sua participação no conselho da empresa.
A decisão do conselho aconteceu na última sexta-feira (27) e foi divulgada nesta segunda (30), e está programada para ser confirmada já na próxima reunião da assembleia dos acionistas.
A saída de Kakinoff da presidência da Gol acontecerá no dia 1 de julho, quando será efetivada a posse do atual vice-presidente de operações, Celso Ferrer. A substituição acontecerá após dez anos de atuação de Kakinoff no cargo, e marcará a criação da holding “Abra”, fruto da união entre Gol e Avianca.
Kakinoff ainda pretende integrar conselho de administração da Gol
Após deixar a companhia aérea, Kakinoff não deverá assumir nenhuma função executiva em outra empresa pelo menos nos próximos 12 meses, de acordo com apuração do “NeoFeed”.
Entretanto, o empresário já está ocupando funções e complementando conselhos de diversas companhias. Suzano (SUZB3), Porto Seguro (PSSA3) e Vamos (VAMO3) estão entre as empresas que integram Kakinoff em seus conselhos de administração, e a ideia do empresário é ocupar esse cargo também na própria Gol.
Na empresa de anúncio mais recente, Kakinoff terá novos desafios administrativos. O lucro líquido da MRV teve queda de 47,8% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o registrado no mesmo período em 2021.
O grupo, que reúne as operações da construtora MRV, da Luggo, Urba e também da AHS, já opera dentro do CVA (Casa Verde e Amarela), e registrou lucro total de R$ 27,08 milhões entre janeiro e março deste ano.
No mês de março, ainda antes de deixar o cargo, Kakinoff afirmou que visualiza um futuro mais favorável para fusões e aquisições, inclusive para a Gol. Segundo ele, com a retomada de viagens internacionais, as parcerias de codeshare (compartilhamento de assentos) e interline (um passo antes do codeshare) serão mais favoráveis, de acordo com reportagem do “Valor”.