Os testes com o “Real Digital”, potencial moeda digital do Brasil, acontecerão a partir de 2023, afirmou Fábio Araújo, economista do BC (Banco Central).
A declaração de Araújo aconteceu em uma reunião da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) realizada na última segunda-feira (30), que visava discutir novos detalhes para implementação do Real Digital no País, de acordo com informações da “Agência Brasil”.
A previsão para o início dos testes era ainda para o ano de 2022, porém, segundo o economista, a greve dos funcionários do Banco Central acabou adiando a programação.
“A gente tinha a intenção de começar os pilotos [testes] talvez ainda no final desse ano, mas a greve atrasou bastante o cronograma. De toda forma, em 2023 e, em boa parte de 2024, a gente vai ter os pilotos rodando e as condições de ter certeza do lançamento da moeda digital na segunda metade de 2024”, afirmou Araújo.
O debate virtual também contou com a presença de outros membros da Febraban e do Banco Central, como Boaventura D’Avila, diretor da Accenture; Bento Pereira, coordenador de Cibersegurança da Febrabran; Leandro Vilain e Amaury Oliva, diretores-executivos de Inovação, Produtos e Serviços Bancários, de Sustentabilidade, Cidadania Financeira e também de Relações com o Consumidor e Autorregulação da Febraban.
Notícias Relacionadas
Atrás da Rússia
Brasil tem 2º maior juro real do mundo após alta da Selic; veja ranking
O juro real é formado, entre outros pontos, pela taxa de juros nominal do país subtraída a inflação prevista para os próximos 12 meses
Investidores locais
Real: apostas ultrapassam US$ 10 bi após decisões sobre juros
Segundo dados da B3, é a primeira vez que o otimismo dos investidores fica acima desse nível desde abril
Investimentos dos bancos digitais para 2022 também visam a criação do Real Digital
A reunião realizada pela Febraban juntamente com o BC evidenciou uma das prioridades para a destinação das verbas voltadas à tecnologia no mercado financeiro.
De acordo com levantamentos realizados pela própria Febraban em parceria com a Deloitte ainda neste mês de maio, o orçamento dos bancos brasileiros para tecnologia deve chegar a R$ 35,5 bilhões ainda em 2022. O valor registrado é 18% mais alto do que o investido no ano de 2021.
“Temos uma tecnologia bancária de ponta, inovadora, moderna, segura e acessível para que nossos clientes paguem suas contas, confiram suas finanças e toquem seus negócios pelos meios digitais e remotos”, afirmou Isaac Sidney, presidente da Febraban.
A última etapa do censo levantado pela Febraban será divulgada ainda no primeiro semestre deste ano, e além de divulgar as transações bancárias dos brasileiros no último ano, também poderá indicar novos rumos para a implementação do Real Digital.
