A privatização da Eletrobras (ELET3;ELET6) deve ganhar mais um capítulo nesta quinta-feira (26). De acordo com o jornal “Valor Econômico”, a transação, que deve se tornar uma das maiores ofertas públicas realizadas no País, já despertou o interesse de um grupo de investidores.
A operação deve ser lançada nesta quinta-feira, após o fechamento do mercado, e a precificação está prevista para o dia 9 de junho. A expectativa é de que a oferta totalize cerca de R$ 30 bilhões, incluindo a oferta primária e secundária de ações.
De acordo com uma das fontes ouvidas pelo portal, apesar do tamanho da Eletrobras, trata-se de uma empresa já conhecida no mercado, com ações listadas, o que simplifica o processo.
Com o aumento de capital, a parte do governo na companhia pode cair para abaixo de 50% do capital da empresa. Caso a transação se concretize, o controle da companhia sairá das mãos do Estado. No entanto, o governo manterá o poder de veto em algumas decisões.
Os bancos coordenadores da oferta são Bank of America, Bradesco BBI, BTG Pactual, Caixa Econômica Federal, Citi, Credit Suisse, Goldman Sachs, Itaú BBA, J.P. Morgan, Morgan Stanley, Safra e XP Investimentos.
TCU aprova processo de privatização da Eletrobras
O processo de privatização da Eletrobras se arrasta desde o ano passado, pois precisou passar pela aprovação do TCU (Tribunal de Contas da União) e do Congresso Nacional. Na semana passada, o TCU aprovou o processo de privatização da estatal.
A companhia também anunciou que os trabalhadores que possuem valores pendentes no FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) poderão utilizar até 50% do valor para comprar ações da Eletrobras, em processo similar ao realizado pela Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3).
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De acordo com o “Valor Econômico”, espera-se que cerca de R$ 6 bilhões da venda de ações da Eletrobras venham de recursos das contas de FGTS dos investidores pessoa física.