O governo federal anunciou que o indicado para assumir a presidência da Petrobras (PETR4) será Caio Paes de Andrade, após a demissão do até então presidente José Mauro Ferreira Coelho, na última segunda-feira (23).
O indicado ao cargo na Petrobras atua, até o momento, como secretário de desburocratização do Ministério da Economia, comandado pelo ministro Paulo Guedes.
Paes de Andrade possui formação em comunicação social pela Universidade Paulista, além de pós-graduação em administração e gestão pela Universidade de Harvard, e mestrado em administração de empresas pela Universidade Duke, nos EUA.
De acordo com os documentos que anexam as recomendações do governo federal, Caio de Andrade já atuou em mais de 20 processos de fusões e aquisições de empresas, e fundou o Instituto Fazer Acontecer, do qual é conselheiro. A organização possui enfoque na transformação social de crianças e adolescentes do semiárido da Bahia, através da prática de esportes.
Além disso, Andrade já foi diretor-presidente do Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), empresa pública de tecnologia de informação responsável, por exemplo, pela triagem dos cadastros do auxílio emergencial, e só começou a atuar na iniciativa pública no ano de 2019, já após a instauração do governo Bolsonaro.
Caio de Andrade já foi cotado antes para assumir cargo na Petrobras
A ideia de considerar Caio Paes de Andrade como novo presidente da estatal já havia sido manifestada antes, em um outro período semelhante vivido pela empresa.
O nome de Paes de Andrade foi levantado quando o ex-general e ex-ministro da Defesa Civíl, Joaquim Silva e Luna, foi demitido. Na ocasião, a possível indicação não passou da fase de rumores, e o cotado para assumir o cargo foi o economista Adriano Pires.
Entretanto, Pires anunciou sua desistência para a vaga, o que fez o ministério de Minas e Energia, na época comandado por Bento Albuquerque, voltar a se interessar por Paes de Andrade.
Com isso, os próximos posicionamentos da Petrobras poderão definir se dessa vez Paes de Andrade assumirá o cargo, ou se a justificativa de “falta de experiência” será usada novamente, como naquela ocasião.