O grupo Ultra está entre os interessados na Braskem (BRKM5), na lista que tem dois investidores financeiros e outras duas empresas nacionais. O grupo J&F, Unipar, Apollo e BTG também estão de olho na companhia petroquímica, que está à venda desde 2016.
A Ultra entra no páreo em meio a distribuição de dividendos a investidores da Novonor, empresa que controla a Braskem junto com a Petrobras, que chegou a cifras de R$ 7,35 bilhões.
O montante retirou a pressão para que a conclusão da Braskem fosse finalizada rapidamente.
A venda da Braskem, que é uma das maiores petroquímicas do mundo, pode movimentar altas cifras, incluindo as dívidas. O valor pode chegar a R$ 70 bilhões. A Novonor tem 38% do capital votante e deve receber uma bolada de R$ 13,5 bilhões.
A Novonor fez um acordo com credores e detentores das ações da Braskem de que a venda da petroquímica será finalizada até dezembro, com o intuito de aproveitar a valorização das ações.
A Braskem anunciou um dividendo de R$ 6 bilhões em relação ao desempenho de 2021. “Os credores estão recebendo bons dividendos e com isso a urgência da venda diminuiu. Foi uma solução encontrada”, afirmou uma fonte com conhecimento sobre o assunto ao “Estado de S. Paulo”.
Braskem: Apollo fez proposta no passado e segue interessado
O fundo de private equity americano Apollo segue interessado pela Braskem. A empresa já tem um namoro para realizar a compra e fez uma proposta no passado. O fundo ganhou notoriedade após comprar a holandesa LyondellBasell após a crise financeira mundial em 2008, por US$ 2 bilhões, e vender por US$ 12 bilhões cinco anos depois.
Em 2017, o fundo levantou um outro empreendimento de US$ 25 bilhões. A LyondellBasell chegou a concretizar a compra da Braskem, mas desistiu do negócio em 2019.