Anatel afirmou que não medirá esforços para estabelecer um quarto operador de serviços móveis no Brasil

Anatel afirmou que não medirá esforços para estabelecer um quarto operador de serviços móveis no Brasil

A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) confirmou que não medirá esforços para implementar um novo operador de serviços móveis no Brasil.

O anúncio, realizado neste domingo (15) pelo novo presidente da Anatel, Carlos Manuel Baigorri, foi realizado em entrevista para o “Estadão”.

De acordo com a reportagem, Baigorri confirmou que o quarto operador poderá ser diferente nas regiões do Brasil, a fim de competir com as compradoras da Oi (OIBR3), as operadores Tim (TIMS3), Vivo (VIVT4), e Claro.

O comando de Baigorri acontece em um momento agitado para o mercado de telecomunicações, principalmente por conta da venda da Oi, que obriga um novo processo de consolidação para o setor.

A entrevista também falou sobre o planejamento para implementar a tecnologia 5G no Brasil. De acordo com o presidente da instituição, todas as operadoras começarão a oferecer o novo plano de internet nas capitais até o dia 31 de julho.
 

Estabelecimento de uma nova operadora será meta da Anatel para 2022

Baigorri destacou que companhias que podem se tornar a quarta maior operadora do País ainda não possuem operação celular, mas apenas fibra óptica.

Com isso, o presidente da Anatel reforçou a importância de oferecer ofertas de referência de roaming e também de compartilhamento de espectro.

“Temos de garantir que esses produtos sejam viáveis para serem contratados pelos operadores regionais. Não vamos medir esforços para garantir que o quarto player regional se estabeleça no mercado. E ele começa como um bebê, que precisa de alguma forma criar balizas para proteger”, disse Baigorri.

Além disso, Baigorri também falou sobre as estratégias para conseguir disseminar o 5G nas capitais até o prazo estipulado para o meio deste ano.

“Nossa função como regulador é limpar a faixa para que as empresas entrem. Até o momento, o conselheiro Moisés Moreira, responsável pelo projeto, não nos reportou nada concretamente que terá atraso. É óbvio que o projeto é desafiador, os prazos são curtos, mas estamos confiantes de que, nos grandes centros, onde há pouco uso de TVs parabólicas, conseguiremos limpar tudo até 30 de junho. A questão da Lei das Antenas, que é outro desafio, não é um risco da Anatel”, confirmou o presidente.