O fundo de ações da Verde, pertencente à gestora homônima comandada por Luis Stuhlberger, caiu 12,83% em abril, consolidando seu pior mês desde março de 2020, quando a pandemia explodiu no Brasil. As principais contribuições negativas vieram da Natura (NCTO3) e Hapvida (HAPB3).
De acordo com o relatório da Verde, a elevação da taxa básica de juros nos EUA foi o principal motivo para a queda. A alta da taxa de juros, que é uma tentativa do governo norte-americano de controlar a inflação, fez com que investidores estrangeiros retirassem seu capital da bolsa brasileira.
Nos últimos 30 dias, as ações da Natura acumulam perda de 34%. Os papéis foram derrubados após a empresa comunicar que os resultados do primeiro trimestre de 2022 seriam piores do que a expectativa. A empresa reportou queda de 13% na receita em relação ao mesmo período do ano passado, no entanto, a Verde vê as perdas como temporárias.
A empresa afirmou que “a Natura está em um momento desafiador em função da pressão de margem causada pela alta dos custos de matéria-prima e dos desafios iniciais da reestruturação da Avon. Entendemos que a pressão na margem é temporária e que a empresa deve recuperá-la através de ganhos de eficiência e repasses de preço, o que ocorre ao longo do tempo”.
Fundo Multimercado da Verde registra ganhos am abril
Já o fundo multimercado, o Verde FIC FIM, teve alta de 1,02% em abril. Mesmo assim, o crescimento desacelerou na comparação com o mês anterior. Março registrou avanço de 4%, e se tornou o melhor resultado do fundo em 12 meses.
Segundo a Verde Asset, as perdas no mês são decorrentes da alocação em bolsa local. A gestora acredita que os mercados estejam enfrentando um ambiente de menor liquidez, o que afeta os preços de ações, spreads de crédito, moedas e commodities.
O fundo Verde manteve a alocação comprada em inflação no Brasil e em petróleo. A gestora destacou que as alocações de Bolsa continuam focadas em ações brasileiras.