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Petróleo russo terá importação proibida por membros do G7

Em meio à guerra na Ucrânia potências industriais se comprometem a proibir importação da commodity

O petróleo russo deve sofrer novas sanções das grandes potências nos próximos dias. Neste domingo (8), autoridades governamentais dos EUA informaram que membros do G7, grupo dos principais países industrializados, comprometeram-se a proibir ou eliminar gradualmente as importações da commodity advindas da Rússia. As informações são da agência de notícias francesa AFP.

As restrições de comercialização do petróleo russo ocorrem no contexto geopolítico da guerra na Ucrânia, que se estende há mais de dois meses e vem impactando a economia global. 

“Isso será um duro golpe para a principal artéria da economia do (presidente russo Vladimir) Putin e lhe negará a renda necessária para financiar sua guerra”, declararam autoridades norte-americanas, em comunicado. 

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A decisão foi discutida neste domingo (8), na terceira reunião do ano, e contou com a participação do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. O documento, no entanto, não especifica quais compromissos foram assumidos pelo G7, cujo grupo é composto pela França, Alemanha, Canadá, Itália, Japão, Reino Unido e EUA.

A escolha da data é altamente simbólica. Hoje, as nações europeias comemoram o fim da Segunda Guerra Mundial. Além disso, a reunião ocorre na véspera do desfile militar na Rússia, que marca a vitória da União Soviéticas sobre a Alemanha nazista.

O Ocidente até agora mostrou uma coordenação muito próxima em seus anúncios de sanções contra Moscou. No entanto, as negociações não avançam no mesmo ritmo quando se trata de petróleo e gás russos, uma vez que os países europeus dependem da Rússia para o fornecimento de energia. 

Nesse sentido, membros da UE (União Europeia) se veem pressionados para estabelecer um embargo ao petróleo russo. Por sua vez, os EUA, que não eram grandes consumidores do petróleo russo, já proibiram sua importação.

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Além das sanções ao petróleo russo, autoridades norte-americanas anunciaram proibições à exportação de produtos dos EUA para a Rússia, de todos os bens de capital, desde escavadeiras até sistemas de ventilação e caldeiras. O embargo também se estende para outros setores, que afetam a mídia e o acesso de empresas e grandes fortunas russas a serviços de consultoria e contabilidade.