O preço da gasolina subiu pela quarta semana seguida nesta semana. De acordo com os dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), o preço superou o recorde registrado na pesquisa anterior, ao atingir a média de R$ 7,298 por litro.
O valor reportado é 0,16% superior ao da última pesquisa, de R$ 7,283 por litro. A média observada nesta semana é o maior valor nominal desde que a ANP começou a fazer o levantamento, em 2004.
A ANP apurou o preço em mais de 5 mil postos de combustíveis no Brasil. O preço mais alto foi encontrado em Tubarão, Santa Catarina, onde chegou a R$ 8,999. O menor valor encontrado foi de R$ 6,199.
O diesel também sofreu alta. O avanço no preço do litro foi de 0,30%, para R$ 6,630. Já o preço do etanol recuou 1,77% em relação à última semana, custando R$ 5,441 o litro.
Disparada dos preços da gasolina
Os brasileiros têm sentido a alta dos preços dos combustíveis este ano devido ao avanço dos preços internacionais do petróleo. A alta é decorrente da invasão da Ucrânia pela Rússia, uma vez que a oferta mundial por energia tornou-se limitada.
Na quinta-feira (5), o presidente Jair Bolsonaro (PL) atacou os lucros da Petrobras em uma live nas redes sociais. Bolsonaro afirmou que não pode entender como “a Petrobras, durante a crise da pandemia, e agora, com a guerra lá fora, faturar horrores. O lucro da Petrobras é maior com a crise”. A Petrobras reportou lucro líquido de R$ 44,561 bilhões no primeiro trimestre de 2022, valor 3.718% maior que o registrado no mesmo período do ano passado.
Em 2016, a Petrobras adotou o PPI (Programa de Paridade de Importação), após anos controlando os preços. O controle de preços da gasolina era uma maneira de combater os efeitos da inflação, mas acabou causando prejuízos à companhia. Com a política de preços atual, as flutuações no preço do barril de petróleo no mercado internacional e do câmbio são repassados às refinarias.