Prejuízo da Natura (NTCO3) registra alta de 314,4% no primeiro trimestre

Rombo da companhia chegou a R$ 643,1 milhões

A Natura (NTCO3) divulgou o prejuízo líquido de R$ 643,1 milhões no primeiro trimestre de 2022 , alta de 314,4% em relação ao mesmo período de 2021.

Acompanhando os resultados corporativos de empresas como Petrobras (PETR4) e Bradesco (BBDC4), a Natura também divulgou seus balanços financeiros.

Com os resultados divulgados, as perdas da companhia aumentaram quase quatro vezes mais na comparação anual. Entre janeiro e março do ano passado, o prejuízo registrado pela companhia foi de R$ 155,2 milhões.

O Ebitda (lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da empresa foi de R$ 595,9 milhões no primeiro trimestre deste ano, queda de 38,1%.

Já a receita líquida totalizou R$ 8,253 bilhões nos três primeiros meses de 2022, 12,7% abaixo do registrado entre janeiro e março de 2021.

Logo, a margem Ebitda (lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização pela receita líquida) ajustada foi de 7,2% neste primeiro trimestre, 3% a menos do divulgado na comparação anual.

De acordo com o documento apresentado pela empresa de cosméticos na CVM (Comissão de Valores Mobiliários), os resultados da companhia tiveram impactos diretos do aumento da inflação, da alta de custos no mercado, e dos desdobramentos da guerra da Rússia contra a Ucrânia.

Além disso, o enfraquecimento das vendas da Avon e da The Body Shop foram as frentes que mais representaram perdas para a Natura.

O lucro bruto da empresa foi de R$ 5,3 bilhões no primeiro trimestre deste ano, valor 13,4% abaixo da comparação anual.

Com isso, a dívida líquida da Natura no final de março ficou em R$ 7,646 bilhões. O resultado está 54,4% acima do registrado ao fim do terceiro mês de 2021.

Resultados prévios da Natura já eram negativos

Vale lembrar que, no início do mês de abril deste ano, surgiram rumores sobre um suposto vazamento dos resultados do primeiro trimestre da companhia.

Na ocasião, os dados vazados foram negativos, o que fez com que as ações da Natura desabassem em 15,57%.

Contudo, a empresa optou por publicar os dados preliminares e não auditados deste período no dia 21 de abril.

Naquele posicionamento, a Natura já havia ressaltado que estava enfrentando pressões de custos como resultado do aumento da inflação e dos preços mais altos das commodities.