Ibovespa desaba e passa a acumular perdas em 2022

Alinhado com Nova York, o índice caiu após decisões de política monetária do Brasil e dos EUA

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, opera em queda nesta quinta-feira (5). Às 13h33, o índice recuava 3,47%, operando por volta dos 104.589, o menor patamar desde 11 de janeiro. Nos últimos 30 dias, o Ibovespa acumula queda de 11,85%. O recuo ocorre após respiro na quarta-feira (4) com a divulgação de decisões de política monetária. 

No dia anterior, o Ibovespa fechou em alta de 1,66%, recuperando as perdas durante o pregão. O respiro ocorreu após Jerome Powell, o presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) tranquilizar os mercados ao afirmar que a instituição tem “boa chance” de restaurar a estabilidade de preços sem provocar uma recessão nos EUA.

O Fomc (Federal Open Market Committee) decidiu aumentar a taxa de juros nos EUA em 0,5 ponto percentual. Em reunião semelhante, o Copom (Comitê de Política Monetária) também aumentou a taxa Selic no Brasil em 1 ponto percentual, de 11,75% para 12,75%. 

No Brasil, o setor financeiro puxa o Ibovespa para baixo. Banco do Brasil (BBAS3) e Bradesco (BBDC4) recuam 3,93% e 3,71%. Santander (SANB3) e Itaú (ITUB4) recuam 2,14% e 3,02%, respectivamente. 

A Vale (VALE3) perde 2,26%, a R$ 79,95. A Petrobras (PETR4) cai 1,65%, a R$ 31,54. As maiores quedas do dia são Magazine Luiza (MGLU3) tem queda de 10,10% e Totvs (TOTS3) recua 10,50%, a R$ 28,80. As ações do GPA (PCAR3) caem 3,21%.

Assim como o Ibovespa, as bolsas de Nova York operam em queda firme, com os investidores analisando o aumento dos juros nos EUA. A maior economia do mundo vivencia o aperto monetário mais agressivo desde 2000. Dow Jones e S&P 500 recuam 3,26% e 3,75%, respectivamente. O índice eletrônico Nasdaq registra perdas de 4,31%. O dólar tem alta de 2,72%, a R$ 5,05.