O preço da gasolina atingiu um novo recorde no país ao registrar alta pela segunda semana seguida, de acordo com dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
O preço médio do litro da gasolina no país ficou em R$ 7,270 na semana entre os dias 17 e 23 de abril, uma alta de 0,70% em relação a semana anterior.
Esse é o maior valor nominal pago pelos consumidores desde que a ANP passou a fazer levantamento semanal de preços, em 2004.
Em mais de cinco mil postos pesquisados, o maior preço encontrado foi de R$ 8,599 o litro, enquanto o menor foi R$ 6,190, segundo o “G1”.
Até então, o maior valor médio foi registrado na semana de 13 a 19 de março, logo após a Petrobras anunciar um mega reajuste de 18,8% no preço da gasolina vendida às refinarias.
A alta acompanha escalada da cotação do etanol anidro, que representa 27% da mistura vendida nos postos. Já o etanol hidratado segue o mesmo caminho. Na última semana, o preço médio do combustível nos postos brasileiros chegou a R$ 5,496 por litro, alta de 4,8% em relação à semana anterior.
ANP detecta estabilidade no diesel e no gás de cozinha
Em relação aos preços do diesel e do gás de cozinha, o órgão detectou uma estabilidade em ambos. O primeiro foi vendido na semana passada por R$ 6,60 por litro e o segundo, por R$ 113,24 por botijão de 13 quilos. Os dois produtos também foram reajustados pela Petrobras em março.
O gás de cozinha, porém, teve pequena redução nas refinarias em abril, movimento que ainda não chegou ao consumidor final, de acordo com os dados divulgados nesta terça-feira (26) pela ANP.
Já o preço do GNV (gás natural veicular) também permanece em alta, chegando a R$ 4,754 por metro cúbico, aumento de 0,2% em relação à semana anterior.
Disparada da gasolina ocorre com paridade a preços internacionais
Os preços internacionais do petróleo tiveram forte alta após a invasão da Rússia a Ucrânia, impactados pela oferta limitada frente a demanda mundial por energia, o que acabou ocasionando na disparada dos preços dos combustíveis.
Desde 2016, a Petrobras adotou o chamado PPI (Preço de Paridade de Importação), após anos praticando preços controlados, sobretudo no governo Dilma Rousseff. O controle de preços era uma forma de mitigar a inflação, mas causou grandes prejuízos à petroleira.
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Com a política atual, o preço da gasolina – cobrado nas refinarias – se orienta pelas flutuações do preço do barril de petróleo no mercado internacional e do câmbio.