O banqueiro André Esteves deve retornar ao comando do BTG Pactual (BPAC11). Uma reunião prevista para a próxima sexta-feira (29) deve concretizar o retorno.
Esteves nunca deixou de ter influência no BTG Pactual, enquanto outros sócios importantes saíram da empresa. O banqueiro era um dos executivos mais próximos do Planalto durante as gestões petistas. Ele chegou a ser preso por um mês em 2015 durante uma das fases da Operação Lava Jato.
Em julho de 2018, André Esteves foi absolvido por falta de provas, o que facilitou a transição para a volta ao comando.
O principal cargo da instituição financeira é o de presidente do conselho de administração.
O banqueiro iniciou a carreira no final dos anos 1980 e trabalhou como analista de sistemas no Pactual, banco de investimentos que tem o ministro da Economia, Paulo Guedes, como um de seus fundadores.
Em 1993 virou sócio do Pactual, onde trabalhou até 2006. O banco foi vendido para o grupo suiço UBS AG por US$ 3,1 bilhões e Esteves chegou ao posto de chefe global de renda fixa.
BTG Pactual: Esteves fundou banco e esteve por trás da aquisição do Pactual
Em 2008, decidiu fundar o seu próprio banco: o BTG. No ano seguinte, em virtude da crise financeira que debilitou diversos bancos internacionais, o banco comprou o UBS Pactual por US$ 2,5 bilhões.
“O André Esteves é agressivo nos negócios e tem uma personalidade que adere às pessoas ao seu redor. É muito inteligente e tem um diferencial em relação aos outros banqueiros por ser direto, simples e falar uma linguagem mais coloquial”, afirma João Frota Salles, analista do setor financeiro da Senso Investimentos em entrevista a “Folha de S.Paulo”.
Esteves conseguiu diversificar o BTG Pactual com investimentos em diversas áreas como redes de combustíveis, farmácias, estacionamentos e hospitais.