Elon Musk, CEO (diretor executivo, na sigla em inglês) da Tesla (TSLA) e da Space X, está tentando recorrer da decisão judicial que considerou falso um tuíte seu. O post, feito em 2018, alegava que o bilionário pretendia fechar o capital da Tesla.
Elon Musk em conjunto com outros réus, em um processo de acionistas referente ao tuíte, pediram ao juiz federal Edward Chen, de São Francisco, que os intimasse da decisão para que eles possam recorrer. O pedido ocorre diante das condições do caso, uma vez que geralmente não cabem recursos para ordens preparatórias de julgamento.
Acionistas argumentam que o tuíte “indiscutivelmente falso” de Elon Musk em agosto de 2018, assim como as postagens que o acompanharam na rede social, acabaram lhes custando bilhões de dólares em meio a oscilações bruscas no preço das ações da Tesla (TSLA).
O primeiro julgamento está marcado para janeiro do próximo ano. No dia 1º de abril, o juiz Edward Chen decidiu que nenhum júri poderia considerar que a postagem do presidente da Tesla não tinha caráter enganoso.
No entanto, em um processo judicial ocorrido na sexta-feira (22), os advogados de Elon Musk argumentaram que o juiz “analisou as frases individuais dos vários tuítes e indicou que outras informações deveriam ter acompanhado os tweets, mesmo que a mídia curta do Twitter limite o número de caracteres por tuíte”.
De acordo com a apelação dos advogados, para uma devida análise do aspecto enganoso do tuíte, o tribunal deve considerar as condições nas quais o comentário do bilionário foi realizado. Sendo assim, os advogados alegam que as declarações não foram escritas em um documento regulatório, mas sim no ambiente das mídias sociais.
“Os réus não interpõem agravo de instrumento para fins de demora; pelo contrário, os réus não estão buscando a suspensão do julgamento agendado para janeiro de 2023 e antecipam proceder rapidamente para obter uma resolução do Nono Circuito antes do julgamento”, defenderam, no processo, os advogados de Elon Musk.