O Grupo Fleury (FLRY3) vem apostando em aquisições em áreas correlatas à medicina diagnóstica para fortalecer o seu negócio. Tal estratégia proporcionou à empresa um crescimento orgânico em exames a partir de segmentos que, a princípio, parecem distantes da sua atividade principal
Segundo a presidente do Grupo Fleury (FLRY3), Jeane Tsuisui, aquisições de negócios como os de oftalmologia e ortopedia proporcionaram à companhia a criação de um ecossistema de saúde. A proposta, após essas primeiras compras, é manter o caminho de consolidação no mercado de diagnósticos trilhado pela empresa.
“Estamos fortalecendo nosso posicionamento em medicina diagnóstica e indo além, criando outros serviços para o paciente se manter engajado em sua jornada de saúde”, comenta a executiva, em entrevista ao “Estado”.
Em 2021, o Grupo Fleury (FLRY3) comprou a Vita, cujo negócio tem como base consultas e cirurgias ortopédicas. Também no ano passado, a empresa anunciou a compra do Laboratório Marcelo Magalhães, de Pernambuco, por R$ 384,5 milhões, a segunda maior aquisição da história do grupo. Além disso, a companhia concluiu as aquisições da Clínica de Olhos Dr. Moacir Cunha e do Centro de Infusões Pacaembu.
Esses movimentos garantem espaço a uma das maiores companhias da área medicina e saúde do Brasil em nichos nos quais ainda não atuava. Nesse sentido, o ingresso do Grupo Fleury (FLRY3) nesses novos negócios tem impulsionado a empresa, que registrou no ano passado um crescimento orgânico de 24% da área de diagnóstico.
No caso da clínica de ortopedia, o grupo passou a oferecer uma consulta integrada com o diagnóstico, para não haver “tantas idas e vindas”, além da própria fisioterapia e da cirurgia, quando necessária. Jeane Tsuisui comenta que isso não apenas promove uma melhor experiência ao paciente, mas também reduz o desperdício do sistema.
Além das aquisições, outro modelo que tem ajudado a sustentar o crescimento do Grupo Fleury (FLRY3) é o de atendimento domiciliar – que ajudou a expandir a penetração do grupo nas regiões e ampliar a participação de mercado, sem a necessidade de abrir novos laboratórios.