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Rússia anuncia sanções contra norte-americanos, incluindo Kamala Harris e Mark Zuckerberg

A lista, que inclui nomes dos EUA e do Canadá, é uma resposta às “crescentes sanções anti-Rússia”

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia publicou nesta quinta-feira (21) uma lista de sanções contra 29 nomes norte-americanos e 61 canadenses. Segundo o Ministério, trata-se de uma represália às sanções impostas à Rússia pela invasão à Ucrânia. 

A medida impede a entrada das figuras no país por tempo indeterminado. O documento aponta que “as sanções são direcionadas aos principais líderes, empresários, especialistas e jornalistas que formam a agenda russofóbica”. Também é dito que, no futuro próximo, um novo anúncio será feito para a inclusão de mais nomes, para “combater as ações hostis das autoridades dos Estados Unidos”.

Alguns nomes presentes na lista são Kamala Harris, vice-presidente dos EUA, Mark Zuckerberg, fundador da Meta (antigo Facebook), Ryan Roslansky, CEO do LinkedIn e Brian Thomas Moynihan, CEO do Bank of America. Destaque também para George Stephanopoulos, apresentador do canal ABC News e David Ignatius, colunista do Washington Post e editor do site de notícias Meduza.

John Kirby, porta-voz do Pentágono e Kathleen Hicks, subsecretária de Defesa dos EUA, também figuram na lista. No Canadá, foram alvos Steve Boivin, comandante das Forças de Operações Especiais, e Cameron Ahmad, diretor de comunicação do primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau.

A Rússia já havia aplicado sanções contra os EUA e a União Europeia, abrangendo centenas de funcionários norte-americanos e canadenses, incluindo o presidente dos EUA, Joe Biden, e o primeiro-ministro canadense.

EUA também anunciam novo pacote de sanções à Rússia

Na quarta-feira (20), o Departamento do Tesouro dos EUA também anunciou novas sanções à Rússia como represália à invasão ucraniana. O destaque do novo pacote são os mineradores de Bitcoin russos. 

As novas sanções foram impostas dias após o FMI (Fundo Monetário Internacional) emitir um relatório afirmando que a mineração de bitcoin pode permitir que países monetizem recursos energéticos. O setor de mineração de bitcoin na Rússia é, atualmente, o 3º maior do mundo. 

No documento, o Departamento do Tesouro afirmou que “Os EUA estão comprometidos em garantir que nenhum ativo, por mais complexo que seja, se torne um mecanismo para o regime de Putin compensar o impacto das sanções”. Nesta semana, a Rússia chegou a propor o uso de criptomoedas no comércio exterior para ajudar a economia do país.