O Twitter (TWTR34) anunciou que vai usar um mecanismo societário de defesa contra aquisições hostis como uma forma de a companhia barrar a oferta de compra apresentada pelo empresário e fundador da Tesla (TSLA34), Elon Musk. Este recurso é chamado de pílula de veneno.
Cada empresa pode detalhar essa regra como quiser. No Twitter, a companhia prevê que quando um investidor possuir uma fatia de 15% do capital da empresa sem negociar com o conselho, os outros acionistas vão ganhar direitos de subscrição para comprar novas ações por um preço abaixo da cotação de mercado. A regra vai valer até 14 de abril de 2023.
Musk possui 9,17% das ações da empresa de tecnologia. Na última quinta-feira (14) o empresário anunciou que fez uma oferta para comprar todas as demais ações em circulação com um preço de US$ 54,20 por papel.
O fundador da Tesla tinha o plano de fechar o capital da empresa e deslistar os seus papéis da Bolsa de Nova York.
O recurso da pílula do veneno não impede que Elon Musk compre a empresa, apenas faz com que o processo seja mais caro ou que o comprador negocie com o conselho da empresa.
Twitter: segundo maior investidor da plataforma recusa oferta
O príncipe saudita Alwaleed bin Talal e sua empresa de investimentos Kingdom Holding rejeitaram a oferta de Elon Musk para a aquisição de suas ações no Twitter.
“Não acredito que a oferta proposta de Elon Musk (US$ 54,20) chega perto do valor intrínseco do Twitter dadas as suas perspectivas de crescimento”, afirmou o príncipe em suas redes sociais. O saudita é o segundo maior investidor da plataforma.
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Em carta divulgada a SEC, equivalente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) dos EUA, Elon Musk declarou que o seu investimento no Twitter pretende impulsionar “a liberdade de expressão em todo o mundo”.