É inegável que a G4 Educação, empresa de educação corporativa que já foi chamada, um dia, de Gestão 4.0, encontrou um nicho no Brasil. Com marketing nas redes e ofertando cursos que prometem melhorar questões profissionais, a companhia fundada por Tallis Gomes, Alfredo Soares, Bruno Nardon e Tony Celestino faturou R$ 52 milhões em 2021, adquiriu uma nova empresa e já mira até mesmo um possível IPO (Oferta Pública Inicial de Ações) em até quatro anos.
O CEO da G4 Educação, Luccas Riedo, disse, em exclusiva ao BP Money, que a empresa tem boas perspectivas de crescimento e, caso o ritmo continue assim, é possível que a edtech realize um IPO em um período de até quatro anos.
“Estamos crescendo bastante. Faturamos R$ 52 milhões no ano passado, vamos pra R$ 150 milhões esse ano. Vamos fechar o ano com 410 pessoas. Estamos com 215 hoje. Para uma empresa de três anos, isso é forte, é um dos nossos diferenciais. E tudo isso sem investimento externo”, destacou Riedo.
“Pensamos em IPO, não é um objetivo de curto prazo, mas se a gente conseguir, de fato, cumprir nossas metas de crescimento; Em três, quatro anos, estaremos prontos já (para uma oferta pública inicial de ações)”, complementou.
Riedo explicou também que, para ele, a educação como um todo no Brasil é muito lenta. A educação corporativa mais ainda. Segundo o CEO, uma pessoa formada, por exemplo, demora anos para poder exercer uma posição de líder com a autonomia e a experiência necessária. Isso porque a velocidade do ensino, mesmo do superior, é vagarosa.
“A gente tem essa insatisfação com o sistema educacional. Percebemos que mesmo os cursos de MBA existentes aqui no Brasil, de FGV e Insper, não conseguem levar essa velocidade para base. As pessoas ficam ali dois anos, 3 horas por dia, segunda, quarta e sexta, pra ver se algum dia elas vão conseguir aplicar alguma coisa daquilo que elas estão aprendendo”, explicou.
O objetivo da G4 é ensinar, na prática, o que o empreendedor/funcionário precisa saber para ter sucesso no mercado de trabalho.
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“Mostramos as ferramentas e ‘o como fazer’, sem enrolação de como o conceito foi criado e tudo mais. Nossa ideia é pegar as pessoas que executam no dia a dia e colocá-las para ensinarem outras pessoas que podem executar daquela mesma maneira. A gente quer diminuir o tempo entre a execução e a academia”, disse Riedo.
Em relação a possíveis aquisições, Riedo foi mais cauteloso, mas não descartou novas parcerias e compras por parte da G4 Educação.
“A gente está sempre olhando o mercado. Tem muitas empresas que fazem sentido. Começamos o ano passado a olhar e então fizemos uma aquisição de uma agência de marketing, que chama Tract. Era uma formadora de pessoas muito boa. Compramos, fechamos a agência e usamos a inteligência deles para formar pessoas. Agora estamos formando profissionais de marketing e vendas para fornecer para as empresas”, disse Riedo, da G4 Educação.