A AGO (Assembleia Geral Ordinária) de acionistas da Petrobras (PETR4), definiu, nesta quarta-feira (13), a eleição de quatro acionistas minoritários como novos conselheiros da estatal. Dessa forma, o número de indicados pelo governo que compõem o conselho caiu de sete para seis.
No papel de acionista controlador e com a maioria dos nomes de sua indicação no conselho, o governo federal indicou oito nomes da União, porém, apenas seis foram aprovados.
Por conta disso, a União ainda possui a maioria dos onze assentos do conselho, porém, viu seu número de representantes diminuir de sete para seis nomes de confiança.
Atualmente, o governo federal possui 37% do total de ações da Petrobras, sendo o principal controlador da empresa. Entretanto, a pressão externa de acionistas privados sobre as decisões do governo foi um dos fatores para a mudança na composição do conselho, considerando as novas regras que a União possa tentar implementar.
A votação do conselho da Petrobras acontece através de votos múltiplos, e também por votos separados. Para que os onze integrantes do grupo sejam eleitos há a necessidade de votação, que determina quem serão os conselheiros pelos próximos dois anos da empresa, neste caso, para exercer o cargo entre 2022 e 2024.
De acordo com as regras da petroleira, três formas de votação são necessárias para escolher os conselheiros. Os acionistas com papéis preferenciais têm direito a um assento, e os detentores de ações ordinárias têm outro.
Em primeiro momento, os funcionários são os responsáveis por eleger um representante no conselho. Após isso, as oito vagas restantes são escolhidas através dos sistemas de voto múltiplo e de voto conjunto.
Logo, na Assembleia de ontem, os acionistas minoritários indicaram dois nomes adicionais, e o governo federal indicou mais oito. Os fundos de investimentos da estatal ainda indicaram mais dois nomes, e os que tiveram mais votos absolutos foram eleitos.
Ferreira Coelho recebeu o aval para assumir a presidência da Petrobras
Além dos nomes eleitos através da indicação da União, o ex-secretário do MME (de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia), José Mauro Ferreira Coelho, também foi escolhido pelo governo federal e pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para assumir a presidência executiva da estatal.
Ferreira Coelho já recebeu o aval da Assembleia Geral Ordinária, e poderá ser nomeado como presidente da Petrobras já nesta quinta-feira (14), em nova reunião que será realizada pelo conselho.