A QuintoAndar, plataforma de locação, compra e venda de imóveis, teria demitido na terça-feira (12), pelo menos 20% do quadro de 4 mil funcionários, segundo matéria publicada pelo jornal “O Estado de S. Paulo”. A startup imobiliária contestou os números, afirmando que o corte foi de 4%, cerca de 160 pessoas, e que houve também a realocação de alguns funcionários.
As supostas demissões do QuintoAndar, conforme “O Estado de S. Paulo”, foram realizadas em todos os setores da companhia, como tecnologia, marketing e recursos humanos. Além disso, o corte ocorreu nas diversas cidades em que atua, como São Paulo e Rio de Janeiro.
O processo de reestruturação seria consequência do fraco desempenho da plataforma, considerando o contexto de crise econômica agravada e a alta dos juros. A empresa, no entanto, nega a crise.
À reportagem, a QuintoAndar constatou que, somente no primeiro trimestre deste ano de 2022, “cresceu 30% em relação ao quarto trimestre do ano passado”, e “23% para o serviço de aluguel”.
“Como parte dos nossos ciclos internos de eficiência e de uma empresa em constante evolução, frequentemente fazemos ajustes em como nos organizamos internamente e, em alguns casos, no dimensionamento das equipes. Não comentamos publicamente sobre essas mudanças por se tratarem de ajustes de percurso que todas empresas fazem de tempos em tempos e, também, para preservar as nossas pessoas.”, reitera o QuintoAndar, em nota enviada ao jornal O Estado de S. Paulo.
QuintoAndar surge em 2013 para intermediar compra e venda de imóveis
Criada em 2013, a startup imobiliária é responsável por intermediar a compra e venda de imóveis, além do aluguel. A companhia ganhou popularidade com seu sistema que, em vez de cobrar seguro ou fiador, modelo tradicional do mercado, submete os locatários a uma análise de crédito. Na outra ponta, garante ao locador o recebimento do valor do aluguel, mesmo em caso de inadimplência do inquilino.
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Em maio de 2021, a QuintoAndar recebeu um aporte de US$ 300 milhões, o equivalente a quase R$ 1.6 bilhão. Isso elevou o valor de mercado da companhia para US$ 4 bilhões, ou seja, R$ 21 bilhões, na ocasião. O investimento foi liderado pelo fundo Ribbit, com participação de SoftBank Latin America Fund, LTS, Maverick, Alta Park, Dragoneer, Qualcomm e Kaszek Ventures.