O Ibovespa encerrou o último dia da semana em queda de 0,45%, aos 118.322 pontos, após dados acima do esperado de inflação medida pelo IPCA e sentimento de aversão ao risco no mercado internacional, com a perspectiva de alta de juros nos EUA.
Os destaques positivos da sessão ficaram com as ações da Eletrobras (ELET3;ELET6), que avançaram, respectivamente, 5,30% e 4,00%, seguidas pelas ações da Eneva (ENEV3), com ganho de 4,05%.
As ações da Via (VIIA3) e Americanas (AMER3) foram os destaques negativos da sessão, caindo, respectivamente, 7,93% e 7,72%, seguidas pela Magazine Luiza (MGLU3), que recuaram 6,55%.
Em Wall Street, investidores se preparando para uma política monetária mais rígida do Federal Reserve para combater a inflação.
As bolsas em Nova York fecham de forma mista. O S&P 500 recua 0,26%, enquanto o Dow Jones avança 0,40%, já a Nasdaq cai 1,41%.
No Brasil, o dia foi marcado pelo resultado da inflação oficial do país, que ficou em 1,62% em março, maior nível para o mês em 28 anos.
Ainda no radar interno, a Petrobras informou que vai reduzir os preços médios de venda para as distribuidoras do gás liquefeito de petróleo (GLP) nas refinarias de R$ 4,48 por quilo para R$ 4,23 por quilo a partir de amanhã.
Também sobre a estatal, agências afirmaram que o governo estuda desestatização da Petrobras com venda de ações do BNDES. Com a notícias, as ações PN (PETR4) avançam 0,73%, cotadas a R$ 34,28%, enquanto as ON (PETR3) sobem 0,98%, a R$ 37,05.
Além disso, o Banco Central informou que não divulgará IBC-Br e outros indicadores na próxima semana.
Dólar
O dólar fechou em queda de 0,67%, a R$ 4,708. Contudo, na semana, a divisa acumulou alta de 0,9%.
Ibovespa pela tarde
Às 15h39 (horário de Brasília), o benchmark recuava 0,45% aos 118.330 pontos. A bolsa brasileira sofre com a perspectiva de um ciclo de alta de juros mais forte nos EUA após a ata do Fomc ter sido divulgada, com a inflação sendo um problema persistente.
Além disso, o IPCA de março indicou que a alta da Selic deve ser mais forte e os juros devem permanecer mais altos por mais tempo, o que contribui para o desempenho negativo do Ibovespa.
O dólar comercial virava para baixa de 0,61%, a R$ 4,71.
Índice ao meio-dia
Às 12h05 o Ibovespa registrava queda de 0,14%, aos 118.669 pontos. A inflação segue dando o tom dos mercados, com os papéis do setor de varejo registrando quedas. O avanço maior que o esperado do IPCA fez várias instituições realizarem ajuste às suas estimativas para a inflação de 2022. O dólar comercial tem alta de 0,03%, a R$ 4,75.
No exterior as bolsas operam sem direção definida também com investidores preocupados com a inflação, que está fazendo os bancos centrais adotem uma política monetária mais agressiva.
Além disso, no noticiário doméstico, o Ministério de Minas e Energia declarou que a partir do dia 16 deste mês passa a valer a bandeira tarifária verde na conta de energia.
O IFIX mantém sua queda do início do pregão, com uma variação de 0,24%, aos 2.798 pontos.
Como foi a abertura da Bolsa?
O Ibovespa abriu o pregão desta sexta-feira (8) em queda, às 10h01 o índice recuava 0,49%, aos 118.278 pontos. O dado foi puxado pela alta de 1,62% da inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplos (IPCA), em março. O resultado ficou acima da expectativa de analistas e foi o maior para o mês desde 1994. O dólar comercial avançava 0,27%, a R$ 4,751.
O cenário inflacionário global tem causado preocupação entre os mercados, ao passo que diversos bancos centrais ao redor do mundo optam por adotar uma política monetária mais rígida. O movimento das instituições vem em meio a guerra entre Rússia e Ucrânia e a onda de infecções por Covid-19 na China, que pode interromper as cadeias de produção globais.
Pré-abertura
No exterior, o mercado está atento aos balanços em Wall Street, que começará na próxima semana com os resultados de cinco grandes companhias, como foi antecipado pelo InfoMoney.
As bolsas europeias e os índices futuros norte-americanos operam em alta nesta manhã, ao passo que investidores digerem o ritmo dos planos de aperto monetário do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) e das notícias sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia.