Após distribuir mais de R$ 7 bilhões em dividendos e investir US$ 2,1 bilhões (R$ 11 bilhões) em aquisições, a JBS divulgou seus resultados de 2021, que se destacaram, sendo o melhor da história da organização em diversas métricas – desde a remuneração aos acionistas, que foram maiores que 70%, até o faturamento.
A JBS apresentou um lucro líquido de R$ 20,5 bilhões em 2021, mais que o triplo do ano anterior (R$ 4,6 bilhões). O resultado foi puxado pela forte demanda por carne bovina nos mercados doméstico e internacional.
Só o quarto trimestre do ano passado foi superior ao acumulado de 2020. No período a empresa lucrou R$ 6,4 bilhões.
A empresa chegou a atingir a marca de R$ 350 bilhões em receita líquida em 2021, crescimento de 29,8%. Entre outubro e dezembro a receita chegou a aumentar 27,8%, respondendo a um montante de R$97,2 bilhões. Grande parte da receita é gerada nos Estados Unidos.
Graças aos bons resultados no exterior – principalmente nos EUA –, a pressão nos custos de produção no Brasil não gerou déficits no resultado da JBS. No acumulado do ano, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado cresceu 54,5%, para R$ 45,6 bilhões.
O presidente global da JBS, Gilberto Tomazoni, comemorou os bons números registrados no ano passado, ligados a investimentos bilionários em expansão orgânica e aquisições – mais de R$ 20 bilhões – com um retorno aos acionistas. “A JBS é a melhor opção no mercado. Não só pelo que entrega no curto prazo, mas pelo potencial que ainda tem”, disse ele à Valor.
Já para 2022, a empresa mantém o otimismo. Nos EUA, a demanda por carne se mantém firme, com a Ásia adquirindo cada vez mais. A margem do negócio nos Estados Unidos não deve ser tão alta como foi nos últimos dois anos, mas é possível que ela seja estruturalmente maior que na década passada.