O Índice de Preços de Despesas de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos subiu 6,4% em fevereiro em relação ao mesmo período do ano anterior. Foi o maior aumento desde janeiro de 1982, informou o Centro de Análises Econômicas nesta quinta-feira (31). As informações são da Reuters.
No mês passado, o indicador cresceu 0,6%. O núcleo do PCE, que exclui alimentos e energia e é usado pelo Federal Reserve como referência para o acompanhamento da inflação nos Estados Unidos, teve alta de 0,4%, em linha com as projeções do mercado. Em 12 meses, o núcleo do PCE subiu 5,4%, maior alta desde 1983.
Sobre os gastos dos consumidores, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica, desaceleraram com força em fevereiro, de acordo com o Departamento do Comércio.
O avanço foi de 0,2%, no entanto a projeção de economistas era alta de 0,5%. O dado de janeiro foi revisado para cima um aumento de 2,7% ante os 2,1% informados antes.
O aumento nos preços da gasolina, aluguéis e alimentos estão fazendo com que o poder de compra das famílias norte-americanas diminua, reduzindo os custos.
Os preços da energia também subiram, quase 26% em fevereiro, mês em que a Rússia invadiu a Ucrânia e fez os mercados globais de commodities dispararem.
Os preços do petróleo nos Estados Unidos subiram quase 9% no mês passado, e seguem em alta.
Em relação aos dados de inflação, a repercussão econômica do conflito na Ucrânia, refletiu nos preços dos alimentos, que subiram 8% no mês passado, além de aumentar ao longo do ano, à medida que o conflito continua afetando a cadeia global de fornecimento.
Em relatório separado, o Departamento do Trabalho apontou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego cresceram em 14 mil, para 202 mil em dado ajustado sazonalmente na semana encerrada em 26 de março.
Segundo economistas à Reuters, a projeção era de 197 mil pedidos no período.