O país registrou a criação líquida de 328,5 mil empregos com carteira assinada em fevereiro, o que representa uma queda de 17% em relação ao mesmo mês do ano passado.
O saldo neste mês é resultado de 2 milhões de contratações e 1,6 milhão de desligamentos e foi divulgado por meio do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), apresentado nesta terça-feira (29) pelo Ministério do Trabalho e Previdência.
Em janeiro, o resultado já havia sido 38% menor do que um ano antes. O ministério tem afirmado que a desaceleração é natural após a melhora na economia registrada devido à recuperação de 2021 após o auge da crise de Covid-19, o fim de medidas emergenciais e a normalização dos dados.
Neste ano, o Caged sofre a influência do fim gradual dos efeitos do programa emergencial de manutenção de emprego e renda. Criada na pandemia, a medida foi considerada fundamental por especialistas para sustentar o mercado de trabalho durante o auge da crise da Covid-19.
Agora, o ministério avalia que o término do programa e o fim da proteção dos vínculos empregatícios farão os dados dependerem mais do desempenho da atividade econômica.
Os analistas esperam criação de vagas em 2022, embora em nível inferior ao do ano passado (em 2021, o Brasil criou 2,7 milhões de empregos formais, segundo os dados divulgados).
Onyx Lorenzoni, ministro do Trabalho e Previdência, afirmou há um mês que a projeção da pasta é de criação de 1,5 milhão a 2 milhões de vagas formais em 2022. Mas analistas calculam um número mais modesto. Os economistas da LCA Consultores projetaram no mês passado a criação de 895 mil vagas em 2022.