Ibovespa fecha em alta no maior patamar em 6 meses

Dólar tem 5ª queda consecutiva e atinge menor cotação em 9 meses

Seguindo Wall Street, o Ibovespa encerrou em alta nesta terça-feira (22), atingindo o maior patamar desde setembro de 2021, quando alcançou 117.869 pontos. As ações bancárias e ligadas a tecnologia impulsionaram o bom desempenho, enquanto papéis de commodities pressionaram negativamente o índice.
 
O benchmark ainda foi beneficiado pela redução na aversão a riscos e pela divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.
 
A guerra entre Rússia e Ucrânia junto a volatilidade dos preços de algumas commodities têm causado receios ao BC. Esses fatores resultam na possível desancoragem das expectativas de inflação e no aumento dos prêmios de risco (na prática, diferença entre rendimento dos títulos públicos e outro investimento considerado seguro).
 
Para o próximo encontro do Copom, a ata antecipa que deve ocorrer um novo aumento da mesma magnitude (1,00 ponto percentual) para a Selic, contudo, é acrescentado que o movimento pode ser alterado conforme a inflação se aproxima da meta da instituição.
 
O dólar, por sua vez, fechou a sessão em queda a R$ 4,915, menor cotação desde 24 de junho de 2021, quando encerrou a R$ 4,914. 
 
No cenário interno, os papéis ordinários da Eneva (ENEV3) foram o destaque do dia, disparando 6,65%. Em seguida estão as ações ordinárias da Americanas (AMER3) e as preferenciais do Inter (BIDI11), com altas de 6,67% e 6,18%, respectivamente.
 
No exterior, os investidores seguem aguardando a ata do último encontro do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), que sairá nesta quarta-feira (23). O mercado acompanha as atualizações e adota postura menos cautelosa enquanto aguarda novidades nas negociações entre Ucrânia e Rússia.
 
Frente a isso, os índices norte-americanos se recuperaram dos resultados na véspera e fecharam em alta, com destaque aos setores financeiros e de tecnologia.
 
O Dow Jones fechou em alta de 0,74%, aos 34.807 pontos, o S&P 500 avançou 1,13%, aos 4.511 pontos, e o Nasdaq subiu 1,95%, aos 134.108 pontos.
 
Bolsa
 
O Ibovespa fechou em alta de 0,96%, aos 117.272 pontos, com volume financeiro de R$ 33,5 bilhões.

Maiores altas

Americanas (AMER3) +6,67%;
Eneva (ENEV3) +6,65%;
Banco Inter (BIDI11) +6,18%;
Meliuz (CASH3) +6,05%;
Grupo Soma (SOMA3) +5,62%

Maiores baixas

Vale (VALE3) -2,24%;
Bradespar (BRAP4) -1,81%;
JBS (JBSS3) -1,81%;
Gerdau (GGBR4) -1,68%;
Marfrig (MRFG3) -1,50%

 
Dólar
 
O dólar recuou 0,57%, cotado a R$ 4,915.

Ibovespa pela tarde

Às 15h00 (horário de Brasília) o benchmark tinha alta de 0,93%, aos 117.234 pontos. O movimento segue o bom desempenho dos índices em Wall Street, enquanto ações bancárias alavancam a bolsa brasileira. Já o dólar recuava 0,41%, cotado a R$ 4,93.

Às 13h20 (horário de Brasília) o Ibovespa estendia os ganhos do início do pregão, com avanço de 0,92%, aos 117.224 pontos. O dólar se reduzia em 0,06%, cotado a R$ 4,94.

Em sessão protagonizada pela ata da última reunião do Copom, o Ibovespa se apoia na recuperação de ativos mais ligados à economia local para emplacar sua quinta alta consecutiva, enquanto as commodities passam por correção.

Índice pela manhã

O Ibovespa abriu, nesta terça-feira (22), em alta de 0,78%, aos 117.061 pontos, com praticamente todas as ações subindo, apenas três papéis em queda neste momento, entoando otimismo dos mercados internacionais. Às 10h15, dólar comercial marcava baixa de 0,71%, a R$ 4,909.

Entre as únicas baixas, a Vale, com a maior queda, a 0,57% cotado a R$ 98,81. Em seguida, a CSN mineração com 0,49%, a R$ 6,17 e por último, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, com baixa de 0,15%, a R$ 45,50.

O petróleo se mantém positivo seguindo os resultados de ontem e opera em alta na manhã de hoje. O barril do WTI tem alta de 0,62% aos US$ 112,81. O barril de Brent é comercializado a US$ 116,85, alta de 1,06%.

Já o minério de ferro opera em queda de 3,17% na bolsa de Dalian, na China, ao equivalente a US$ 124,71. O cobre avança 1,01% enquanto o ouro tem leve recuo de 0,05%.

As Bolsas em Nova York abrem em alta. Dow Jones avança 0,54%, enquanto a S&P 500 sobe 0,37% e a Nasdaq abre em alta de 0,3%.

Os investidores permanecem seguindo as atualizações sobre a guerra entre Ucrânia e Rússia e do ciclo de monetário no exterior e no Brasil.

Além disso, os mercados também estão monitorando a subvariante Ômicron à medida que se espalha pela Europa, junto o novo surto de Covid-19 na China.

No cenário interno, o destaque é a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada na semana passada, e na qual o Banco Central elevou a taxa Selic em 1 ponto percentual, para 11,75% ao ano. O BC voltou a dizer que deve subir juros com a mesma magnitude, na reunião de maio, mas que pode assumir uma postura mais contracionista, se as pressões inflacionárias persistirem.

Às 10h37, o índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX) tinha alta de 0,21%, aos 2.726 pontos.

Pré-mercado 

Às 9h09 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro operava em queda 0,14%, aos 116.980 pontos. Em Nova York, os futuros operam com ganhos moderados, após a baixa de ontem das Bolsas em Wall Street. O Dow Jones futuro sobe 0,45%, enquanto os futuros do S&P 500 e da Nasdaq avançam, respectivamente, 0,25% e 0,09%.

As bolsas asiáticas encerraram a manhã desta terça-feira (22) em alta, entre as principais tiveram as ações do Alibaba, listadas em Hong Kong, subindo mais de 11% após anúncio de aumento da empresa sobre programa de recompra de ações de US$ 15 bilhões para US$ 25 bilhões. Enquanto isso, o índice Hang Seng de Hong Kong liderou os ganhos entre os principais mercados da região, ao subir 3,15%, para 21.889,28.

Já as bolsas europeias também sobem na sessão de hoje, à medida que investidores continuam monitorando a guerra na Ucrânia e os desenvolvimentos econômicos nos EUA.

A situação na Ucrânia segue no radar, já que as negociações de paz em andamento entre Moscou e Kiev não avançam.