Após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de aumentar a Selic, pela nona vez, para 11,75%, na última quarta-feira (16), o Brasil chegou na segunda maior taxa de juros reais do mundo, segundo levantamento realizado pela Infinity Asset, que calculou que o país tem hoje juros reais (positivos), de 7,1%.
A taxa teve aumento expressivo nos últimos 12 meses, tendo chegado a estar em 2,75% ao ano em março de 2021.
O motivo principal das sequências de altas é a resposta para a inflação elevada, causada pela recuperação econômica global, além das crises nas cadeias de suprimento e de energia.
A economia brasileira só fica atrás da Rússia (30,07%) que subiu sua taxa nominal de juros para 20% no final de fevereiro, com o início da guerra com a Ucrânia. Em seguida estão Colômbia (3,65%), Chile (3,64%) e México (2,62%).
De acordo com a BlockTrends, as empresas, em especial de tecnologia, também são prejudicadas pela alta de juros, travando investimentos.
Para o portal, com o maior custo futuro do dinheiro, investimentos podem se tornar menos vantajosos e não sair do papel.