IPCA cresce 1,01% em fevereiro, maior valor para o mês desde 2015

O indicador ficou abaixo do apresentado no mês anterior.

A inflação do Brasil, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), avançou 1,01% em fevereiro. Segundo informações divulgadas nesta sexta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o indicador ficou 0,47 ponto percentual apresentado no mês anterior.

No ano, o indicador acumula uma alta de 1,56%.

Em fevereiro, os principais impactos vieram do setor de Alimentação e Bebidas (1,28%) e da Educação (5,61%).

“Em fevereiro, são incorporados no IPCA os reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo. Portanto esse foi o item que teve o maior impacto no mês, com peso de 0,31 ponto percentual. O outro grupo que pesou bastante no mês foi o de Alimentação e bebidas, que acelerou para 1,28% e contribuiu com 0,27 ponto percentual. Juntos, os dois grupos representaram cerca de 57% do IPCA de fevereiro”, destacou Pedro Kislanov, gerente da pesquisa.

No grupo de Educação, o maior impacto foi dos cursos reguladores (6,67%), com destaque para o ensino fundamental, pré-escola e ensino médio. Os preços dos cursos de ensino superior e pós-graduação saltaram 5,82% e 2,79%, respectivamente. Já os cursos diversos, se elevaram em 3,91%.

No que diz respeito ao grupo de Alimentação e Bebidas, foram computadas contínuas altas desde o início da série, em janeiro de 2020, sendo a única exceção o mês de novembro do ano passado, quando recuou 0,014%.

“Em fevereiro, o grupo de Alimentação sofreu impactos dos excessos de chuvas e também de estiagens que prejudicaram a produção em diversas regiões de cultivo no Brasil. Destacam-se, em particular, os aumentos nos preços da batata-inglesa (23,49%) e da cenoura (55,41%). No caso da cenoura, as variações foram desde 39,26% em São Paulo até 88,15% em Vitória. Além disso, as frutas subiram 3,55%”, destaca Kislanov.