Pela primeira vez desde o início da guerra entre Rússia e Ucrânia, o dólar voltou a atingir nesta quarta-feira (9) a cotação de R$ 5, sendo negociada patamar abaixo deste patamar.
Às 14h54 (horário de Brasília) a moeda estadunidense apresentava um recuo de 1,17%, sendo negociada a R$ 4,99, com mínima do dia em R$ R$ 4,98. Enquanto isso, a Bolsa brasileira sobe acompanhando cenário de otimismo, assim como nos principais mercados acionários no exterior.
A moeda americana estava em baixa desde antes da guerra, tendo como um dos motivos o alto fluxo de dinheiro estrangeiro na bolsa brasileira. Em pouco mais de dois meses, os investidores internacionais aportaram R$ 70 bilhões na B3, praticamente o mesmo valor que foi injetado em todo o ano de 2021.
Desta forma, o forte movimento de queda da moeda americana é motivado pela melhora do humor nos mercados externos, o que favorece os ativos de risco, ao passo que os investidores seguem atentos ao desenrolar da guerra na Ucrânia. Além disso, o enfraquecimento do dólar também é refletido no desempenho dos pares emergentes.
Entre os fatores de alívio para os mercados mundiais está a informação de que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, “moderou” sua posição pela adesão da Ucrânia à Otan (a aliança militar ocidental liderada pelos EUA), já considera o “status neutro” do país e admite até negociar sobre as áreas separatistas já reconhecidas por Moscou.