Após sete dias na defensiva contra os ataques da Rússia, a Ucrânia lançou pela primeira vez uma contraofensiva para tentar tirar forças militares russas do seu território. Segundo comunicado divulgado nesta quarta-feira (2) pelo governo ucraniano, a resposta se deu nos arredores em Horlivka. A cidade fica na região de Donetsk, um dos locais ocupados por separatistas pró-Rússia que foi reconhecido pelo presidente russo, Vladimir Putin, como território independente.
O anúncio da investida da Ucrânia ocorre após as forças militares russas efetuarem mais ataques a várias cidades ucranianas durante a madrugada e a manhã de hoje.
Em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, um foguete da Rússia destruiu parte do prédio de uma estação de polícia. A estrutura superior do edifício ficou em chamas e bombeiros foram ao local para controlar o incêndio. Quatro pessoas foram mortas.
Também houve registro de ataques à cidade de Kherson, cidade localizada no sul da Ucrânia e próxima à península da Crimeia. As forças comandadas pelo presidente russo, Vladimir Putin, dizem que tomaram a cidade. O governo local, no entanto, nega e diz que a cidade foi cercada, mas não tomada.
O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, disse hoje, em entrevista à emissora CNN, que a invasão russa à Ucrânia não representa apenas uma guerra para o país, mas “um desafio para todo o mundo moderno, para todo o mundo democrático”.
Ele afirmou que “está muito orgulhoso de ser ucraniano”. “Ficamos na frente de um dos exércitos mais fortes do mundo”, disse o ex-campeão mundial de boxe no peso pesado. A capital vive momentos de tensão com a aproximação de um comboio russo de mais de 60 quilômetros, segundo informações de satélite.