Café com BPM: Bolsas recuam após Putin enviar tropas para leste da Ucrânia

O Ibovespa fechou em queda na segunda-feira (21), em uma sessão marcada por forte volatilidade que levou o índice às mínimas do dia. A derrocada foi intensificada após o discurso do presidente da Rússia, Vladimir Putin, o qual fomentou as tensões com a Ucrânia e a comunidade internacional. Além disso, o principal benchmark da bolsa não pode observar o desempenho das bolsas norte-americanas que se mantiveram fechadas por conta do feriado do Dia do Presidente.

No radar desta terça-feira (22), no Brasil, será divulgada a confiança do consumidor de fevereiro pela FGV. Além disso, nesta data será iniciada a segunda fase da privatização da Eletrobras, a medida que a temporada de balanços segue recebendo a atenção de investidores.

Os principais mercados mundiais operam em baixa nesta manhã em que ainda é repercutida as falas de Putin, que reconheceu a independência de duas repúblicas separatistas no leste da Ucrânia e enviou forças armadas, com a finalidade de assegurar “paz e segurança”, como foi antecipado pelo InfoMoney.

Na prática, os russos já invadiram a Ucrânia, enviando tropas às províncias de Donetsk e Lugansk. O ponto interrogação é sobre o limite desse movimento militar, que poderá ultrapassar, ou não, as fronteiras. Os Estados Unidos e a Europa já anunciaram as primeiras sanções às regiões separatistas da Ucrânia, à medida que países ocidentais e aliados já deixam a porta a sanções econômicas sobre Moscou.

Os índices futuros norte-americanos retornaram do feriado e operam em território negativo nesta manhã, com investidores repercutindo as tensões no território da Ucrânia.

Além disso, o Índice de Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) industrial, serviços e composto dos EUA será divulgado às 11h45.

Na Europa, as bolsas também contraem também com os mercados monitorando a situação da Ucrânia.

Já as bolsas asiáticas fecharam no vermelho, seguindo o ritmo global. O destaque está para o índice Hang Seng, que liderou as perdas regionais, com contração de 2,69%.

À medida que o mercado contrai, o preço do petróleo salta. A Rússia foi o maior fornecedor de gás natural e petróleo para a União Europeia, esse impasse geopolítico está dando suporte aos preços da commodity.

De acordo com Andy Lipow, presidente da Lipow Oil Associates, o petróleo pode chegar a US$ 110 por barril com a piora da crise.
 
Confira os principais índices às 7h22:
 
IFIX  [-0,36%]

ÁSIA
Nikkei 225 [-1,71%]
S&P/A SX 200 [-1,00%]
Hang Seng [-2,69%]
Shanghai [-0,96%]

EUROPA
DAX [-0,69%]
FTSE 100 [+0,05%]
CAC 40 [-0,48%]
SMI [-0,51%]
 
ÍNDICES FUTUROS EUA
S&P 500 VIX [-2,90%]
US 2000 [-0,37%]
US 500 [-0,44%]
US 30 [-0,53%]
 
COMMODITIES                                  
Ouro [-0,14%] US$ 1.895,60
Prata [+0,42%] US$ 24,085
Cobre [-0,04%] US$ 4,5180
Petróleo WTI [+4,13%] US$ 93,94
Petróleo Brent [+2,67%] US$ 95,55