Depois de divulgar o balanço do último trimestre de 2021, as ações da Neoenergia (NEOE3) recuaram de 1,41%, cotados a R$ 16,07. No resultado trimestral, a companhia apresentou queda de 36%, afetada pela reclassificação de Belo Monte para “Ativo mantido para venda”, com ajuste não caixa negativo de R$ 482 milhões.
De acordo com os analistas, o resultado da empresa ficou dentro do esperado. Segundo a avaliação do Credit Suisse, a Neoenergia reportou fortes resultados regulatórios anualmente, em linha com consenso de mercado, beneficiando-se de reajustes tarifários, uma nova unidade distribuição incorporada e desempenho de custo decente.
Enquanto os números da geração foram superiores ao esperado, principalmente devido a resultados térmicos mais fortes, mesmo com um desempenho mais baixo nas unidades hidrelétricas. O Credit mantém avaliação outperform para Neoenergia, e preço-alvo de R$ 23,30.
Já a Ativa ressaltou que os resultados foram em linha com as projeções, devido a continuação da recuperação dos volumes distribuídos em seus mercados e do impacto dos reajustes nas tarifas do mercado cativo, baseada no reconhecimento da repactuação do GSF (sem efeito caixa).
A corretora frisou também os avanços das obras em transmissão, pela entrada em operação do Complexo Eólico Chafariz, pela maior disponibilidade de recursos eólicos em seus demais parques, pela geração termelétrica em Pernambuco e pela melhor margem de sua comercializadora.
“Apesar do aumento na PECLD e de sofrer contabilmente os efeitos do ajuste referente à colocação de Belo Monte à venda, as despesas operacionais ajustadas vieram em linha com nossa modelagem, tal como o resultado de equivalência patrimonial”, acrescentou.