O Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) divulgou nesta terça-feira (15) o aumento do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) na Argentina em 3,9% em janeiro. Este foi o valor mensal mais alto para o IPC desde abril de 2020.
Apesar dos dados se revelarem altos quando confrontados com os históricos registrados, o resultado ficou em linha com as estimativas de consultorias ouvidas pelo jornal “El Cronista”, que esperavam que a alta fosse de 3,8% a 4%.
“Não temos uma aceleração da inflação. Não será pior do que em 2021, pode ser melhor. O acordo com o FMI [Fundo Monetário Internacional] é muito importante para que se recuperem as reservas e para que se mantenha o nível de recuperação econômica”, disse Feletti, na segunda (14).
Em 12 meses, a inflação no país chega a 50,7%, leve desaceleração em relação aos 50,9% registrados em dezembro de 2021. Antes da divulgação do dado pelo Indec, o secretário de Comércio da Argentina, Roberto Feletti, também havia previsto que o IPC fecharia o mês perto de 4%. No entanto, ele negou que a inflação esteja acelerando no país.
Ainda de acordo com o levantamento do Indec, seis setores registraram uma alta de preços mais forte do que o nível geral de inflação. Entre eles está o de alimentos e bebidas não alcoólicas (+4,9%), apesar do acordo do governo com empresas para controlar os preços de diversos produtos básicos nos supermercados.